close

Melhores títulos de renda fixa incentivada com dólar e juros em alta

Banco Safra atualiza a carteira sugerida de títulos de renda fixa incentivada para o mês de dezembro, com rendimento anual projetado de 103% do CDI

Pessoa pensando e olhando para o laptop, alusivo à análise da carteira de crédito privado recomendada pelo Banco Safra

Carteira do Safra reúne recomendações consideradas rentáveis e seguras entre os títulos de empresas disponíveis no mercado | Foto: Getty Images

O Banco Safra atualizou a carteira mensal de renda fixa para o mês de dezembro. O banco excluiu os títulos de EcoRodovias (2031) e CPFL RGE (2039). Em substituição, entraram os de CMAAVale do Tijuco (2034) e Marfrig (2034).

O Safra projeta um rendimento anual de 103% do CDI, considerando a cotação do dia 2 de dezembro de 2024). O tempo médio para recuperar o capital investido (duration) é de 5,6 anos. Considerando a isenção de IR, o retorno médio estimado fica em 121% do CDI, segundo os especialistas do Safra.

A alta do dólar e os juros futuros favorecem os investimentos em títulos de dívidas

O nível do juro nominal favorece a entrada em títulos incentivados de crédito privado, seja pelo spread sobre o DI quanto pela isenção de IR.

A recomendação do Safra tem sido focar em títulos incentivados de companhias com sólido perfil de crédito, cujo risco-retorno está mais favorável frente aos papéis com mais risco.

Além disso, apostar em nomes conservadores também faz sentido do ponto de vista de risco de crédito, já que são nomes resilientes e com liquidez suficiente para navegar em um ambiente de juro alto.

Quantos aos retornos, é importante atentar-se que a política monetária é contracionista e ainda deverá ser em 2025, com estimativas da Selic
alcançando o patamar de 14%. Assim, o retorno dos títulos de renda fixa marcados a mercado pode ser afetado.

Cenário para os títulos de renda fixa no fim de 2024

Os juros futuros ficaram mais voláteis e o câmbio registrou forte desvalorização frente ao dólar, após a divulgação do pacote de medidas para conter os gastos públicos.

O pacote foi considerado aquém do esperado para conter a alta da dívida pública, contudo, críticas mais contundentes vieram da medida que isenta a cobrança de IR para ganho mensal de até R$5 mil e eleva a taxa para rendimentos acima de R$50 mil, dado o potencial impacto na inflação, ainda que a medida fique para 2026, se aprovada no Congresso.

Diante disso, o juro futuro com vencimento acima de 1 ano bateu 14% e o dólar à vista superou R$6,0. A tensão no mercado aliviou após falas reticentes dos presidentes das Câmaras quanto à isenção do IR.

Retornos e spreads

Dada a avaliação negativa do cenário fiscal, os ativos de renda fixa lidam com a abertura da curva futura e do juro real embutido na NTN-B, afetando o retorno para títulos marcados a mercado. Aliás, o retorno já estava volátil em 2024, muito por conta das incertezas fiscal que permearam a discussão econômica em 2024.

Já os spreads de crédito privado parecem estáveis em um patamar bastante estreito, o que, conforme o Safra já vem citando em outros relatórios, não reflete propriamente o risco de crédito dos emissores. O banco entende que a abertura está sujeita a uma queda no fluxo de compra, que continua robusta em 2024.

CTA Padrão CTA Padrão

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra