Risco fiscal ainda ameaça e pode exigir novo arcabouço até 2027
Relatório sobre a J.Safra Investment Conference destaca que valorização do câmbio e da Bolsa deve-se a fluxos internacionais, e o fiscal ainda preocupa
26/09/2025
Gestores de multimercados mantêm a maior parte da exposição a risco fora do país e, no Brasil, posições ligadas à queda de juros (bond proxies, moeda e juro real longo) | Foto: Divulgação
O corte de juros pelo Federal Reserve pela primeira vez em nove meses, apesar da manutenção da política restritiva, sustenta o enfraquecimento do dólar frente a moedas de emergentes, favorecendo a desinflação local. Neste cenário, o risco fiscal ainda é a maior preocupação de gestores.
Com o PIB desacelerando no segundo semestre de 2025, economistas veem espaço para cortes de juros de 200 a 300 pontos base no ciclo todo, segundo relatório consolidado sobre os debates durante a J.Safra Investment Conference, realizada dias 16 e 17 de setembro, em São Paulo.
Gestores de multimercados mantêm a maior parte da exposição a risco fora do país e, no Brasil, posições ligadas à queda de juros (bond proxies, moeda e juro real longo).
A valorização do câmbio e da Bolsa é explicada por fluxos internacionais, e o fiscal segue sendo a principal preocupação, provavelmente exigindo um novo arcabouço até 2027.
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Risco fiscal foi destaque na J.Safra Brazil Conference
Segundo o relatório do J.Safra, a visão negativa que persiste desde a última conferência, no ano passado.
Na J.Safra Brazil Conference 2024, a questão fiscal foi apontada por gestores como o principal fator limitante para a valorização dos ativos no mercado doméstico. Contudo, muitos ainda enxergavam a bolsa brasileira negociada a níveis atrativos, com oportunidades em ativos de alta qualidade, sugerindo pontos de entrada interessantes e retornos interessantes.
O fluxo de capital estrangeiro esperado em decorrência do início do ciclo de cortes na taxa de juros dos EUA era apontado como fator fundamental para o desempenho do Ibovespa.