J.Safra Investment Conference: pesquisa mostra otimismo com 2026
Pesquisa com participantes da J.Safra Investment Conference mostra 86% dos investidores pretendem manter ou aumentar investimentos na Bolsa brasileira
19/09/2025
Pesquisa veio em linha com as conclusões do relatório sobre a performance da Bolsa em ano de eleições | Foto: Divulgação
Pesquisa de mercado durante a conferência J.Safra Investment Conference, nos dias 16 e 17 de setembro, o banco J.Safra realizou uma pesquisa com investidores para compreender o sentimento do mercado sobre a bolsa e o cenário econômico, além de listar os temas mais relevantes até 2026.
As respostas apontam para um cenário ligeiramente mais construtivo para o próximo ano, indicando leve aumento na propensão ao risco, embora com alguma cautela, já que setores mais resilientes (como Serviços Financeiros) ou pouco dependentes do cenário doméstico (como Commodities) são os preferidos.

Pesquisa J.Safra mostra melhora na propensão ao risco
Em relação à alocação em Bolsa Brasil, 55% dos entrevistados esperam manter sua posição, 31% pretendem aumentá-la e 15% pretendem reduzi-la, o que indica melhora em comparação com o resultado da pesquisa de 2024
Contudo, 61% dos entrevistados esperam que o Ibovespa fique entre 140 mil e 150 mil pontos, o que significa potencial de valorização limitado; 26% acham que a Bolsa vai ficar acima de 150 mil pontos e 12%, abaixo de 140 mil pontos.

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As expectativas da maior parte dos investidores para 2026 está alinhada com a pesquisa Focus: 55% acreditam que a Selic ficará entre 12% e 13%; 59% dos entrevistados esperam o IPCA entre 4% e 5%; e 65% estimam o PIB entre 1,5% e 2,5%.
A expectativa dos investidores é de um dólar entre R$ 5,30 e 5,50 (abaixo do nível esperado na Pesquisa Focus, de R$5,60). Os setores defensivos ainda são favoritos, indicou a pesquisa.
Assim como na edição do ano passado, para 36% dos entrevistados o setor de Serviços Financeiros apresentará o melhor desempenho na bolsa. Na sequência estão Commodities (31%), setor menos dependente do cenário doméstico, e, na terceira colocação, Consumo e Varejo, com 12% dos votos.
Do outro lado, os setores menos preferidos são os de maior beta e ligados à economia doméstica, como Educação e Saúde. Também figuram entre os menos preferidos os setores de Transportes (que tem maior correlação com o juro local devido ao nível de endividamento inerente às atividades) e de TMT (após a forte performance neste ano).

Perspectiva positiva para o fluxo de recursos
Na opinião de 40% dos investidores, o fluxo estrangeiro deve continuar favorecendo o mercado local, mas 32% acreditam que os fluxos devem ficar estáveis.
Neste ano, a entrada de fluxo estrangeiro soma R$ 23bilhões. A eleição presidencial é o principal evento, mas o resultado ainda é incerto. Para 73% dos investidores, a eleição presidencial deverá ter grande impacto no Ibovespa à frente. Mesmo assim, 55% deles dizem que ainda é cedo para fazer qualquer leitura sobre o impacto nos mercados.
Na avaliação dos especialistas do J.Safra, a pesquisa veio em linha com as conclusões do relatório sobre a performance da Bolsa em ano de eleições.
Papéis defensivos, com maior previsibilidade de resultados ou dolarizados, escolhidos de forma mais criteriosa – como na carteira Safra Top 10 ações (link) – costumam performar melhor no período como um todo.