No dia 9 de julho, foi anunciada a imposição de uma tarifa de 50% sobre uma série de produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos, com vigência a partir de 1º de agosto de 2025.
A medida representa um desafio significativo para o agronegócio nacional, que tem nos EUA um dos seus principais mercados consumidores.
Setores mais afetados
Produtos como suco de laranja, carne bovina, café, celulose, frutas e frango estão entre os mais impactados. No caso do suco de laranja, por exemplo, os EUA são o principal destino das exportações brasileiras, e o novo custo adicional ameaça margens, contratos e competitividade.
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Principais impactos econômicos
- Redução imediata da competitividade brasileira no mercado norte-americano;
- Reação negativa nos mercados futuros de commodities como café e suco de laranja;
- Aumento do risco comercial em setores que vinham ganhando participação nos EUA;
- Possível redirecionamento da demanda internacional para países concorrentes com acordos preferenciais.
Oportunidades e caminhos estratégicos
A medida reforça a necessidade de ampliar e diversificar os destinos das exportações brasileiras, com foco em:
- Acordos bilaterais e multilaterais com Ásia, Oriente Médio e Europa;
- Reforço à diplomacia comercial técnica, com foco em previsibilidade e segurança jurídica;
- Apoio à internacionalização das cadeias produtivas por meio de crédito, hedge cambial e logística;
- Ações coordenadas em fóruns multilaterais, como a OMC, visando garantir regras comerciais justas.
Este episódio evidencia o risco da alta concentração de mercados e a urgência de uma política comercial brasileira mais ativa, técnica e resiliente. O agronegócio brasileiro é competitivo, sustentável e estratégico — e precisa estar inserido de forma segura nas cadeias globais de valor.
(Fontes: CitrusBR, CNA, Cepea, Reuters, Financial Times, WSJ, OMC e Ministério da Agricultura).