Neoenergia vende participação na Geração Céu Azul
O Safra avalia a operação da Neoenergia como positiva, pois os termos da venda foram melhores do que as estimativas para a usina Baixo Iguaçu
06/02/2025
O Safra mantém uma visão positiva sobre a Neoenergia, principalmente devido ao valuation descontado | Foto: Getty Images
A Neoenergia (NEOE3) anunciou a venda de toda a sua participação na Geração Céu Azul S.A. (GCA), que detém 70% de participação na usina hidrelétrica de Baixo Iguaçu, localizada no Paraná, com uma capacidade instalada de 350 MW (correspondente a 245 MW em uma participação de 70%).
O valor empresarial da transação foi fixado em R$1,430 bilhão (valor patrimonial de R$1,0 bilhão, correspondendo a 4,4% do valor de mercado da empresa, e dívida líquida de R$430 milhões), implicando um múltiplo de R$5,8 milhões/MW e EV/EBITDA de 11,0x.
A conclusão desta transação está sujeita à aprovação da Copel G&T (CPLE3/CPLE6; Compra; Preço Alvo: R$10,00/R$11,10), que detém os 30% restantes do ativo e tem o direito de preferência em caso de uma potencial aquisição.
Este movimento estratégico está alinhado com a estratégia de rotação de ativos da Neoenergia, focando na otimização do portfólio e geração de valor.
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Avaliação do Safra sobre a Neoenergia
O Safra avalia a operação da Neoenergia como positiva, pois os termos da venda foram melhores do que as estimativas para Baixo Iguaçu.
O Safra valoriza o Baixo Iguaçu em um EV de R$ 893 milhões e valor patrimonial de R$ 612 milhões (em uma participação de 70%), implicando um múltiplo de R$3,6 milhões/MW e um EV/EBITDA de 8,2x.
O Safra vê a Neoenergia atualmente negociando a R$ 4,4 milhões/MW. A transação adicionaria R$ 0,32/ação ao preço-alvo e reduziria marginalmente a alavancagem da empresa (redução de 0,1x, em comparação com a alavancagem atual de 3,43x dívida líquida/EBITDA).
O Safra mantém uma visão positiva sobre a Neoenergia, principalmente devido ao valuation descontado e ao TIR implícita de 15%.