Natal teve crescimento de 10% nas vendas em lojas de shopping
Vendas foram maiores que as do ano passado, segundo associação de lojistas de shopping, mas ficaram 3,5% aquém do Natal de 2019
27/12/2021
Presentes mais procurados foram roupas, por 61% dos consumidores, e brinquedos, por 37% | Foto: Getty Images
O Natal de 2021 registrou um aumento real de 10% nas vendas de lojistas de shopping em relação ao ano passado, mas ainda está distante de alcançar o patamar de 2019. Segundo a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping, cerca de 123,7 milhões de consumidores foram às compras este Natal.
A Alshop estima que as vendas nos shoppings alcancem R$ 204 bilhões no acumulado de 2021, o que representa um crescimento de 58% em relação a 2020, época em que os empreendimentos estavam mais afetados pela pandemia, com restrições de público. Se comparado ao faturamento de 2019, porém, é prevista uma redução de 3,5% das vendas.
A alta do dólar, a inflação, o desemprego elevado, a falta de confiança do consumidor, a falta de matéria-prima e de produtos no mercado em vários segmentos são citados como fatores que impediram um crescimento maior de vendas.
77% dos consumidores compraram apenas lembranças neste Natal, aponta pesquisa
De acordo com o levantamento, cerca de 77% dos consumidores compraram apenas lembranças neste final de ano. E os presentes mais procurados foram roupas, por 61% dos consumidores, e brinquedos, por 37%. Perfumes, cosméticos e calçados foram as opções para 36% dos consumidores, e acessórios, para 24%.
Segundo a pesquisa, as compras via e-commerce foram o principal canal de compras no Natal, com 45% da participação do público, e as compras em shoppings atingiram 40%. Os dados nacionais foram colhidos de lojistas associados que representam cerca de 15 mil pontos de venda.
Contratações de temporários
Para atender as altas demandas esperadas para este ano, os varejistas recrutaram 94,3 mil trabalhadores temporários, com o salário médio mensal entre R$ 1.600,00 a R$ 1.900,00, e a taxa de efetivação em média de 14%.
Os segmentos que mais contrataram foram vestuário, acessórios ecalçados, com 57,9 mil vagas, seguido de hiper e supermercados, com 18,9 mil vagas, artigos de uso pessoal e doméstico com 11 mil vagas e móveis e eletrodomésticos, com 3 mil vagas.
Os estados que mais contrataram foram São Paulo, que lidera o ranking com 25,6 mil contratados, seguido de Minas Gerais, com 10,7 mil. O Rio de Janeiro aparece em terceiro com 7,2 mil contratados. (AE)