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Motiva, antiga CCR, registra melhora operacional no primeiro trimestre

Banco Safra mantém recomendação de Compra para a Motiva Infraestrutura de Mobilidade, novo nome da concessionária de rodovias CCR

Imagem aérea da Rodovia Presidente Dutra, que está sob concessão para a CCR

A receita líquida ajustada da Motiva, antiga CCR, cresceu 7,5% a/a, para R$ 4,0 bilhões | Foto: Getty Images

A Motiva Infraestrutura de Mobilidade S.A. (MOTV3), novo nome do grupo CCR (CCRO3), divulgou um bom resultado no primeiro trimestre de 2025. A companhia apresentou um desempenho operacional positivo, com EBITDA crescendo 13,9% na comparação anual para R$ 2,5 bilhões (3,9% acima da estimativa do Banco Safra e 7% acima do consenso), enquanto sua margem EBITDA aumentou 359bps na comparação anual, atingindo 63,9%.

A melhora é explicada principalmente pelo aumento de 802bps a/a na margem EBITDA do segmento de Trilhos, para 58,4%, após o encerramento da concessão da Barcas, que era deficitária.

Além disso, a margem EBITDA de Rodovias aumentou 350bps a/a, para 79,3%, principalmente como consequência do melhor desempenho operacional da MSVia, que passou a arrecadar 100% dos pedágios após a assinatura de um Termo de Autocomposição em dezembro de 2024 (ante 47% desde a assinatura de um aditivo para realizar nova licitação
em junho de 2021).

Saiba mais

Banco Safra mantém recomendação de Compra para Motiva

Com base em estimativas do Safra, a Motiva está sendo negociada atualmente com uma taxa interna de retorno (TIR) real de 11,8%, 440bps acima do rendimento dos títulos NTN-B 2035, atualmente em ~7,4%.

A receita líquida ajustada da Motiva cresceu 7,5% a/a, para R$ 4,0 bilhões, atribuída a:

  • (i) aumento de 8,3% a/a nas receitas de rodovias, para R$2,3 bilhões, impulsionado por crescimento de 1,0% a/a no volume total de tráfego e aumento de 7,2% a/a nas tarifas médias;
  • (ii) aumento de 13,5% a/a nas receitas ajustadas de Aeroportos, para R$576 milhões, impulsionado por alta de 14,8% a/a nas receitas aeroportuárias e comerciais, para R$597 milhões, puxadas pelo crescimento de 7,2% a/a no número total de passageiros; e
  • (iii) aumento de 5,4% a/a nas receitas ajustadas de ativos de mobilidade, para R$1,0 bilhão, explicado principalmente pela alta de 6,4% a/a na receita tarifária, que foi de R$ 635 milhões, impulsionada pelo aumento de 3,3% a/a no volume de passageiros, mesmo considerando o fim da operação da Barcas em 11 de fevereiro de 2025.

Excluindo Barcas, o volume de passageiros teria crescido 4,5% a/a, impulsionado pela inauguração do Terminal Intermodal Gentileza (TIG) em fevereiro de 2024, na concessão do VLT Carioca.

O EBITDA ajustado da Motiva foi de R$ 2,5 bilhões, +13,9% a/a (3,9% acima da estimativa do Safra), enquanto a margem EBITDA ajustada aumentou 359bps a/a, para 63,9%. A melhora anual no EBITDA é explicada principalmente pelo crescimento da receita recorrente da companhia, além da melhora nas margens das unidades de Trilhos e Rodovias, após o fim do contrato da Barcas e a melhora na margem da MSVia, respectivamente.

O lucro líquido ajustado aumentou 20% a/a, para R$ 539 milhões (11,2% acima da estimativa do Safra). As despesas financeiras líquidas da Motiva ficaram em R$ 1,0 bilhão, alta de 28,8% a/a, impulsionadas principalmente por maiores ajustes monetários em empréstimos, financiamentos e debêntures, que somaram R$ 181 milhões, devido ao aumento de 43,3% a/a na dívida indexada ao IPCA, além de uma alta de 0,62pp na inflação do IPCA no período.

Enquanto isso, a alavancagem da companhia, medida pela dívida líquida/EBITDA ajustado dos últimos 12 meses, subiu para 3,5x, ante 3,2x no 4T24 e 2,9x no 1T24.

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