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Mercado Livre deve ser o destaque da temporada de balanços de e-commerce

Segundo a análise dos especialistas do Banco Safra, o Mercado livre deve apresentar forte crescimento de receita e leve melhora na margem

Mercado Livre Meli

Superando novamente o desempenho do setor, a empresa deve apresentar mais um trimestre de melhora no desempenho | Foto: Getty Images

O Mercado Livre (MELI) deve ser novamente o destaque positivo entre as empresas de e-commerce na temporada de balanços referentes ao segundo trimestre de 2025, que começa no fim de julho e vai até 14 de agosto.

Segundo a análise dos especialistas do Banco Safra, o Mercado livre deve apresentar forte crescimento de receita e leve melhora na margem EBIT. O Grupo Casas Bahia (BHIA3) deve apresentar um leve crescimento de receita (+6% a/a), combinado com ganho de margem EBITDA (+125bps a/a). No entanto, as despesas financeiras provavelmente continuarão pressionando o lucro líquido.

O Magazine Luiza (MGLU3) deve apresentar crescimento de 2% a/a tanto na receita quanto no EBITDA, enquanto o lucro líquido deve ser negativo devido à alta dos juros. Assim como as Casas Bahia, as despesas financeiras devem pesar sobre o resultado final.

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Mercado Livre (MELI)

Superando novamente o desempenho do setor, a empresa deve apresentar mais um trimestre de melhora no desempenho. A receita líquida deve atingir US$ 6,5 bilhões, alta de 28% a/a, sustentada por crescimento de 25% no e-commerce e 33% no segmento fintech. Em termos de resultado operacional, o Safra espera leve pressão na margem (-20bps a/a) devido a maiores despesas para sustentar o crescimento da companhia e maiores provisões relacionadas ao negócio de fintech. O EBIT deve totalizar US$ 920 milhões, alta de 27% a/a. Por fim, o lucro líquido deve atingir US$619 milhões, crescendo a um ritmo mais lento (+17% a/a) devido à maior alíquota de imposto de renda.

Magazine Luiza (MGLU3)

Os resultados devem mostrar a melhora contínua, com R$ 9,2 bilhões em vendas (+2% a/a), impulsionadas por: (i) crescimento de lojas físicas (B&M) de +5% a/a, mesmo com base de comparação difícil (+14% no 2T24), o que deve ser quase compensado pelo desempenho negativo de (ii) 3P (-1% a/a), devido ao cenário competitivo mais acirrado, e por vendas diretas (1P) estáveis, já que os segmentos de eletrônicos e eletrodomésticos seguem pressionados. Os bons resultados de B&M devem sustentar uma margem bruta estável a/a, o que, por sua vez, deve levar a uma margem EBITDA também estável a/a de 7,9%. O EBITDA projetado é de R$724 milhões (+2% a/a). O prejuízo líquido deve totalizar R$20 milhões no 2T25, frente a lucro de R$37 milhões no 2T24, devido ao aumento das despesas financeiras (alta dos juros).

Casas Bahia (BHIA3)

Crescimento de receita e ganho de margem sinalizam avanço na virada operacional, segundo a análise do Banco Safra, que espera crescimento de 6% a/a na receita líquida, sustentado por: (i) crescimento de +5% a/a em B&M; (ii) aumento de +12% a/a em 3P, impulsionado por maior GMV, refletindo sortimento mais amplo e maior número de sellers vs. 2T24; e (iii) alta de 6% em 1P após alguns trimestres de ajustes no sortimento. A margem bruta deve cair 54bps a/a devido à recuperação de 1P e às vendas de smartphones, já que esse produto tem margem bruta menor e pesa no mix de vendas. No entanto, maior eficiência deve levar a um aumento de 125bps a/a na margem EBITDA ajustada, para 8,2%, já que o 2T24 foi negativamente impactado por ajustes relacionados à reestruturação. Apesar da melhora operacional, o Safra espera prejuízo líquido de R$ 517 milhões, principalmente devido às maiores despesas financeiras.

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