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Mercado Livre se destaca no setor de comércio eletrônico

Banco Safra projeta crescimento aprimorado para o Mercado Livre, enquanto Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) devem apresentar crescimento modesto

Mercado Livre

eceita líquida do Mercado Livre deve atingir US$ 7,3 bilhões, um aumento de 37% em relação ao ano anterior | Foto: Getty Images

Em um trimestre com um cenário competitivo mais desafiador, o Mercado Livre (MELI34) deve se destacar no setor de e-commerce em termos de crescimento, segundo análise do Banco Safra, apesar de apresentar uma margem EBIT menor em relação ao ano anterior, mesmo com uma base de comparação fácil, já que o 3T24 foi negativamente impactado pela abertura de centros de distribuição.

Por outro lado, Casas Bahia (BHIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) devem apresentar crescimento modesto, com margens EBITDA ligeiramente maiores e estáveis, respectivamente.

MELI3: dores do crescimento afetam margens

A receita líquida do Mercado Livre deve atingir US$ 7,3 bilhões, um aumento de 37% em relação ao ano anterior, impulsionado por um crescimento de 28% no e-commerce e 51% no setor de fintech.

Em termos de receita operacional, o Safra espera uma leve pressão na margem (-32 pontos-base em relação ao ano anterior) devido aos maiores custos e despesas necessários para sustentar o crescimento da empresa, principalmente relacionados ao limite para frete grátis, despesas com marketing e maiores provisões ligadas ao negócio de fintech.

O EBIT deve ser de US$ 742 milhões, um aumento de 33% em relação ao ano anterior. Por fim, o Safra espera um lucro líquido de US$ 494 milhões, crescendo em um ritmo mais lento (+25% em relação ao ano anterior) devido à maior alíquota de imposto de renda.

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MGLU3: eficiência nas despesas

Espera-se que a Magalu reporte R$ 9,3 bilhões em vendas (+3% em relação ao ano anterior), impulsionadas pelo crescimento das lojas físicas (+5% em relação ao ano anterior), mesmo enfrentando uma base de comparação difícil (+14% no 3T24), o que deve ser quase totalmente compensado pelo desempenho negativo do canal 3P (-7% em relação ao ano anterior) devido ao cenário competitivo mais acirrado e estabilidade no canal 1P, já que os segmentos de eletrônicos e eletrodomésticos continuam pressionados.

A piora na combinação de canais deve levar a uma contração de 77 pontos-base na margem bruta em relação ao ano anterior. No entanto, a eficiência nas despesas de SG&A deve sustentar uma margem EBITDA praticamente estável em relação ao ano anterior, em 7,8%. O EBITDA está projetado em R$ 727 milhões (+1% em relação ao ano anterior).

O lucro líquido deve totalizar R$ 4 milhões no 3T25, contra um lucro de R$ 70 milhões no 3T24, devido ao aumento das despesas financeiras (alta nas taxas de juros).

BHIA3: desempenho sequencial aprimorado

O Banco Safra espera que a receita líquida cresça 6% em relação ao ano anterior, sustentada por:

  • (i) crescimento de +6% nas lojas físicas;
  • (ii) aumento de +14% no canal 3P, impulsionado por maior GMV, refletindo uma variedade maior de produtos e um número maior de vendedores em comparação com o 2T24; e
  • (iii) aumento de 7% no canal 1P após alguns trimestres de ajustes no sortimento.

A margem bruta deve cair 135 pontos-base em relação ao ano anterior devido à recuperação do canal 1P e às vendas de smartphones, já que esse produto possui uma margem bruta menor, o que impacta negativamente a composição das vendas.

No entanto, uma maior eficiência deve levar a um aumento de 76 pontos-base na margem EBITDA ajustada, chegando a 8,4%, já que o 3T24 foi negativamente afetado por ajustes relacionados à reestruturação.

Apesar da melhora operacional, o Banco Safra espera um prejuízo líquido de R$ 438 milhões, principalmente devido ao aumento das despesas financeiras.

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