IPCA-15: deflação de passagem aérea não muda projeção para 2025

A prévia da inflação de agosto medida pelo IPCA-15 apresentou variação negativa de -0,14% m/m, um resultado menos deflacionário do que a projeção do Safra de -0,24%.

Os Serviços registraram variação de 0,50% na comparação com o mês anterior, bem acima da projeção de 0,03%, com destaque especial para a queda menor do que a esperada nos preços de passagens aéreas.

Essa foi a grande surpresa desta leitura, segundo a análise dos especialistas do Banco Safra, sendo responsável por todo o desvio entre a projeção e o realizado.

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Para o componente de preços administrados, a variação foi de -0,61% m/m, frente a uma projeção de -0,50% m/m. Já a Alimentação no Domicílio teve variação de -1,02% m/m, inferior à projeção de -0,73% m/m. Por fim, os Bens Industriais apresentaram variação nula na comparação mensal, praticamente alinhada com a projeção de -0,03% m/m.

Análise do Banco Safra sobre a prévia da inflação de agosto

A abertura dos dados do IPCA-15 mostrou uma dinâmica inflacionária não tão adversa quanto o grande desvio do índice geral pode sugerir.

Por ser um item cuja inflação é bastante volátil, a surpresa em passagem aérea deve ser compensada nos meses subsequentes, de forma a não alterar a projeção do Banco Safra para o IPCA em 2025, que segue em 4,6%.

De toda forma, houve variação levemente acima do previsto nas outras linhas de serviços, o que reduziu a velocidade de melhora da média dos núcleos.

Por outro lado, a inflação de alimentos segue benigna, marcando deflação disseminada nesta leitura, destacam os especialistas do Banco Safra. Esse bom comportamento dos alimentos reflete, dentre outros fatores, a apreciação cambial (valorização do real frente ao dólar) recente e a grande oferta de alguns produtos no mercado doméstico.