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IPCA-15: prévia da inflação sobe 0,36% em maio, abaixo do esperado

Resultado deve levar o Banco Central do Brasil a manter a taxa Selic em patamar significativamente contracionista nos próximos meses

Foto: Getty Images

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial, ficou em 0,36% em maio deste ano, segundo dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta terça-feira (27).

O resultado ficou abaixo da projeção de 0,45% do Safra. No acumulado em 12 meses, o indicador registra alta de 5,40%.

Em maio, sete dos nove grupos de despesas apresentaram inflação. Em saúde e cuidados pessoais, a inflação foi puxada pelos produtos farmacêuticos, que tiveram alta de preços de 1,93%.

No grupo habitação, as principais influências vieram de energia elétrica residencial (1,68%), principal impacto individual do IPCA-15, e água e esgoto (0,51%).

Os alimentos tiveram inflação de 0,39%, abaixo do 1,14% da prévia de abril. Também apresentaram alta de preços no mês, os grupos de despesa vestuário (0,92%), despesas pessoais (0,50%), comunicação (0,27%) e educação (0,09%).

Por outro lado, os grupos transportes e artigos de residência registraram deflação (queda de preços) e ajudaram a frear a inflação na prévia do mês.

Em transportes, a taxa caiu 0,29%, puxada por recuos na passagem aérea (-11,18%) e ônibus urbano (-1,24%). Já artigos de residência tiveram queda de preços de 0,07%.

Análise Safra

Para o time de Macroeconomia do Banco Safra, a principal surpresa de baixa no índice geral veio da deflação mais intensa do que o esperado nas passagens aéreas.

Para além desse item, a abertura mostrou uma dinâmica mais favorável do que a prevista, em especial nos serviços.

Assim, considerando os dados com ajuste sazonal e em médias móveis trimestrais anualizadas, a média dos núcleos teve leve moderação, de 5,8% para 5,7%.

Os especialistas do Safra ressaltam que a surpresa de baixa corrobora a projeção do Safra de IPCA em 5,1% neste ano, inferior ao consenso. Mas os índices de difusão ainda em patamar elevado ilustram a pressão remanescente sobre os preços, o que deve levar o Banco Central do Brasil a manter a taxa Selic em patamar significativamente contracionista nos próximos meses.

(Com informações da Agência Brasil)

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