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Inteligência artificial infla demanda por terras raras

Relatório do Banco Safra destaca a importância das terras raras para a tecnologia de inteligência artificial, mercado em que o Brasil surge como fronteira promissora

IA e terras raras

Baterias de íons de lítio na linha de produção: China trata terras raras com estratégia de poder | Foto: Getty Images

Os elementos de terras-raras (ETR) se tornaram insumos essenciais para a infraestrutura por trás da inteligência artificial (IA). Com o aumento da demanda por IA, cresce também a necessidade dos materiais que sustentam sua infraestrutura. Assim, o Banco Safra destaca que o tema é essencial demais para ser ignorado; contudo, ainda há poucas opções de investimento e informações dispersas sobre o assunto.

Diante dessa constatação, os especialistas do Safra prepararam um relatório sobre a importância das terras-raras para a IA.

As terras-raras são um grupo de elementos metálicos conhecidos por suas propriedades magnéticas, ópticas e eletroquímicas excepcionais.

Apesar do nome, não são totalmente raras, mas sua ocorrência é dispersa, tornando a separação e o refino complexos.

A IA exige enorme capacidade computacional para processar, treinar e implantar modelos complexos. Os chips e servidores que tornam isso possível dependem de ímãs de alto desempenho, sistemas de resfriamento eficientes e sensores avançados — todos dependentes de elementos de terras raras.

Sem esses materiais, as perdas de energia aumentariam, os custos operacionais cresceriam e a escalabilidade da infraestrutura de IA seria severamente limitada.

China trata terras raras como instrumento de poder

A China tratou as terras raras como instrumento de poder, e não como simples commodities, formalizando essa visão em 1991 ao classificá-las como recursos estratégicos e restringir a participação estrangeira em exploração e mineração.

Nas décadas de 1990 e 2000, o país avançou na cadeia de valor, investindo em separação, refino e fabricação de ímãs, construindo um sistema totalmente integrado do minério ao ímã.

Hoje, a China detém cerca de 44 milhões de toneladas de óxidos de terras-raras (quase metade do total mundial), controla aproximadamente 60% da mineração e mais de 85% da capacidade de refino.

Essa combinação confere a Pequim enorme influência sobre preços, exportações e condições globais de oferta, enquanto o

Brasil é o segundo maior detentor de recursos, mas com base mineradora menos desenvolvida.

Cadeia de suprimentos de terras raras é complexa

A cadeia de suprimentos é complexa, com o refino e a produção de ímãs como principais gargalos. Existem empresas com presença diversificada nessa cadeia, e o relatório do Safra destaca as principais companhias e desenvolvedoras, apresentando suas diferenças.

Novos projetos fora da China enfrentam desafios como falta de expertise, equipamentos, financiamento e compradores. Entre as mineradoras estabelecidas, a Lynas Rare Earths (LYC:ASX) é apontada como potencial vencedora relativa.

Brasil surge como froteira promissora

O Brasil surge como uma fronteira promissora fora da China e Austrália, com projetos avançados que o posicionam como potencial fornecedor de terras-raras de argila iônica para mercados ocidentais.

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