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Havan retoma plano de expansão com mais nove lojas em 2025

A partir de 2022, a companhia reduziu o ritmo de expansão, tendo aberto 7 unidades até o final do terceiro trimestre de 2024; atualmente a Havan tem 175 megalojas

Loja da Havan

A dívida bruta da Havan atingiu R$ 858 milhões no terceiro trimestre de 2024, sendo composta por debêntures e uma emissão de CRI | Foto: Divulgação

A Havan, varejista fundada em 1986 na cidade de Brusque (SC), está entre as principais companhias varejistas do país, com um faturamento anual na ordem de R$11 bilhões. A empresa tem 175 megalojas , uma plataforma de e-commerce e uma operação de crédito (via cartão Havan).

Entre 2016 e 2021, a Havan passou por um robusto processo de abertura de novas unidades, com cerca de 15 novas lojas por ano. A partir de 2022, a companhia reduziu o ritmo, tendo aberto 7 unidades até o final do terceiro trimestre de 2024. Para 2025, a companhia prevê a retomada da expansão, com abertura de 9 unidades, majoritariamente na região Sul.

As megalojas, presentes em 23 estados e Distrito Federal, são empreendimentos com uma área média de 4.975m², tendo mais de 300 mil unidades de manutenção de estoque (SKUs) em segmentos como eletroeletrônicos, produtos para casa e vestuário.

As unidades, estão em sua maioria localizadas em regiões com menor cobertura de grandes redes varejistas e shoppings. Geralmente, estão localizadas próximas a rodovias. Os empreendimentos possuem diversas amenidades como praças de alimentação, servindo como um hub de lazer para a região.

A logística da companhia é centralizada no centro de distribuição de Barra Velha (SC), tendo uma estrutura de mais de 165 mil m², com capacidade de movimentação diária de cerca de 1 milhão de itens.

A companhia, nos últimos anos investiu na integração dos seus canais de venda tanto físicos como digitais, através de sua estratégia de integração de canais de venda (omnicanalidade).

Saiba mais

A estratégia de expansão da Havan é baseada em dois pilares:

  • (i) expansão geográfica através de novas lojas e
  • (ii) plataforma de omnicanalidade, com a expansão dos canais, oferta de novos produtos e via app.

O empresário Luciano Hang detém 100% do capital da Havan. Em relatório sobre a empresa, o Banco Safra destaca como pontos positivos as sólidas métricas de crédito e operacionais, a presença de canais de venda físicos em todas as regiões do país e a estrutura das lojas, que oferecem vantagens competitivas como capacidade de estoque e serviços de lazer.

Entre os pontos de atenção, o Safra cita que o setor de varejo é competitivo e pulverizado e a performance financeira está correlacionada com os ciclos da economia e a fatores de renda e desemprego. A concentração geográfica das unidades também é considerada nesse aspecto, embora a empresa tenha classificação de risco de crédito AAA(bra) na agência Fitch.

Resultado operacional da Havan

Ao longo de 2023 e de 2024 até setembro, a Havan apresentou uma melhora nos níveis de margem, após redução do custo dos produtos vendidos, queda nas despesas administrativas e com vendas.

Historicamente, a companhia, apresenta margens superiores a outros players do segmento, podendo ser atribuída a maior mix de produtos, eficiência de custos com as megalojas e atuação em regiões com menor competição.

O relatório do banco Safra destaca a forte geração de caixa livre (FCL) ao longo dos 9 primeiros meses de 2024, beneficiada pela geração operacional de R$ 1,8 bilhão e investimentos reduzidos, que totalizaram R$ 0,1 bilhão nos três primeiros trimestres.

O Safra cita o maior volume de dividendos pagos após o fortalecimento do perfil de crédito da companhia e os desembolsos com arrendamentos, que atingiram 44% das despesas financeiras.

Endividamento e alavancagem

A dívida bruta da Havan atingiu R$ 858 milhões no terceiro trimestre de 2024, sendo composta por debêntures (~37%) e uma emissão de CRI (~63%), com um custo médio de CDI+1,8% a.a. e prazo médio de vencimento de 2,0 anos. No terceiro trimestre de 2024, a Havan apresentava uma condição de caixa líquido de R$1,4 bilhão.

A companhia mantêm uma política conservadora de alavancagem ao longo dos últimos anos, tendo registrado ao final do terceiro trimestre de 2024 uma alavancagem (dívida líquida/EBITDA) de – 0,5x.

Caixa e equivalentes totalizavam R$ 2,2 bilhões no 3T24, suficientes para amortizar todo o endividamento bruto da companhia. Cerca de 93% do caixa está aplicado em linhas de CDB de curto prazo com remuneração entre 98% e 104% do CDI.

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