Haddad diz que inflação e juros vão cair e PIB vai crescer mais de 2,5%

Ao participar da abertura da J.Safra Investment Conference, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer mais de 2,5% em 2025. Em debate mediado pelo ex-ministro Joaquim Levy, diretor de Estratégia Econômica e Relações com Mercados no Banco Safra, o ministro garantiu que o governo deve cumprir com as metas do arcabouço fiscal em 2025 e 2026.

O ministro afirmou ter uma visão mais otimista que as do mercado financeiro e organismos internacionais, e lembrou que uma das mais importantes agências de classificação de risco de crédito do mundo já coloca o país a apenas um passo do grau de investimento.

“Acredito que o nosso potencial será maior, sobretudo a partir da vigência da reforma tributária”, afirmou. “O Fundo Monetário Internacional já teve de mudar sua projeção de PIB potencial do Brasil de 1,5% para 2,5%, em função dos nossos avanços, mas acredito que vamos crescer mais do que isso”, disse Haddad.

Haddad disse que a inflação tende a cair nos próximos meses, com várias mudanças estruturais, como o avanço da reforma tributária. que devem melhorar a competitividade da economia no futuro, especialmente no campo digital, com a desburocratização nos processos com peso significativo em investimentos.

“Estamos reancorando as expetativas e vai haver espaço para queda dos juros nos próximos meses, e penso que a economia vai reagir muito rapidamente”, disse. “Acredito que, com negociações devidas, mantendo um clima de diálogo com o Congresso, vamos concluir o mandato com uma solidez fiscal bastante superior ao que recebemos”, disse Haddad.

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O ministro afirmou que o terceiro governo do presidente Lula terá a inflação acumulada em quatro anos abaixo de 20% pela primeira vez desde 1994. Ele lembrou o crescimento médio de 3% desde o início do governo e a menor taxa de desemprego da história.

Haddad afirma que meta fiscal será cumprida pelo governo

O ministro afirmou que as metas de zerar o déficit fiscal neste ano e conquistar o superávit primário no ano que vem serão cumpridas pelo governo federal. Para isso, ele disse que o governo conta com o apoio dos Três Poderes e, principalmente, do Legislativo. Ele elociou a exclusão de pautas bomba no Congresso.

“O Executivo tem dado a sua contribuição, o Congresso tem dado a sua contribuição e eu diria que também o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça também têm dado a sua contribuição, sobretudo no julgamento das grandes causas que impactaram brutalmente o orçamento nos anos anteriores”, disse Haddad, destacando que o governo não perdeu nenhuma das grandes causas judiciais com impacto nas contas públicas.

Sobre a guerra tarifária desencadeada pelo presidente Donald Trump contra o Brasil, ele reiterou os esforços de negociação do governo federal, com apoio de entidades empresariais, e lembrou que a Constituição brasileira separa os poderes.