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Ecorodovias lucra com forte crescimento do tráfego nas estradas

O desempenho operacional da concessionária Ecorodovias foi impulsionado pelo forte crescimento orgânico do tráfego nas rodovias

Aérea de rodovia com carros pequenos e floresta no entorno, alusivo à Ecorodovias, uma das empresas responsáveis da Carteira ESG de abril

O bom desempenho operacional foi compensado por um aumento de 51,2% nas despesas financeiras líquidas | Foto: Getty Images

A Ecorodovias (ECOR3) divulgou um bom resultado no primeiro trimestre de 2025, com um EBITDA ajustado de R$1,3 bilhão, alta de 15,3% a/a, praticamente em linha com a estimativa do Safra (+0,6%) e 4,6% acima do consenso.

O desempenho operacional da empresa foi impulsionado pelo forte crescimento orgânico do tráfego, enquanto os custos em caixa sob controle contribuíram para uma expansão de 15,3% a/a no EBITDA para R$1,3 bilhão, enquanto sua margem EBITDA saltou 364bps a/a para 75,2%.

Por outro lado, o bom desempenho operacional foi ofuscado por um aumento de 51,2% a/a nas despesas financeiras líquidas, impulsionado por um aumento de 36,0% na dívida líquida, levando a uma queda de 42,5% a/a no lucro líquido.

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A Ecorodovias está atualmente sendo negociada com uma TIR real de 14,5%, 711bps acima dos títulos brasileiros indexados à inflação de 10 anos (NTN-Bs 2035).

Em resumo, a receita bruta ajustada da empresa cresceu 10,4% a/a para R$1,9 bilhão, impulsionada principalmente pelo aumento de 9,1%
a/a nas receitas de pedágio para R$1,7 bilhão, impulsionada por Ecovias Leste Paulista (+16% a/a), Ecovias Sul (+21% a/a) e Ecovias Norte
Minas (+17% a/a) e pelo início da cobrança de pedágio em 3 praças de pedágio em Ecovias Noroeste Paulista.

Enquanto isso, o tráfego comparável cresceu 6,0% a/a, impulsionado pelo aumento de 8,0% a/a no tráfego comparável de veículos pesados, enquanto a tarifa comparável cresceu 1,4% a/a, abaixo da inflação de 5,5% no mesmo período, o que é explicado principalmente pelo capex atrasado (Fator D) e moderação tarifária para receita acessória que excede o teto regulatório (Fator C) em algumas de suas rodovias (ou seja, Ecovias Araguaia, Ecovias Cerrado, Ecovias Rio Minas e Ecovias Ponte).

O EBITDA ajustado da Ecorodovias foi de R$1,3 bilhão, alta de 15,3% a/a (+0,6% vs. Safra e +4,6% vs. consenso), enquanto sua margem
EBITDA ajustada aumentou 364bps a/a para 75,2%.

O desempenho sólido foi principalmente impulsionado pelo crescimento de 10% a/a na receita, mas também foi ajudado por custos em caixa controlados, que caíram 4,2% a/a. Seus custos em caixa comparáveis (excluindo as concessões recentemente adicionadas) também caíram 3,6% a/a.

O lucro líquido da Ecorodovias atingiu R$137 milhões no 1T25 (-42,5% a/a, -1,5% t/t e -3,5% vs. Safra). O bom desempenho operacional
foi compensado por um aumento de 51,2% a/a nas despesas financeiras líquidas para R$633 milhões, após o aumento de 36,0% a/a na
dívida líquida da empresa para R$19,0 bilhões, principalmente devido ao pagamento da taxa de concessão de R$2,2 bilhões para a Ecovias
Raposo Castello à autoridade concedente, mas também devido ao maior custo da dívida no período.

Por fim, a alavancagem da empresa medida pela dívida líquida/EBITDA aumentou para 3,9x, de 3,4x no 4T24, enquanto sua alavancagem normalizada, considerando o EBITDA ajustado anualizado da Ecovias Raposo Castello, teria atingido 3,5x no 1T25.

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