Economia desacelera no segundo semestre e PIB fecha 2025 em 1,7%

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 0,8% em março, em comparação ao mês anterior, com ajuste sazonal, superando as expectativas do mercado, que apontavam para um avanço de 0,4%.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, o IBC-Br cresceu 3,5%, embora em ritmo mais moderado do que o observado em fevereiro (+4,1%).

Na análise por setores, todos os segmentos apresentaram desempenho positivo na comparação com o período imediatamente anterior. O destaque ficou com a indústria, que avançou 2,1% em comparação a fevereiro, impulsionada principalmente pela produção de petróleo e derivados.

O resultado positivo de março reflete, em grande parte, o bom desempenho da produção de commodities. A indústria foi o setor com maior contribuição para o crescimento, beneficiada pelo momento favorável da produção de petróleo e de setores correlatos, conforme apontado pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do mesmo período.

A agropecuária também manteve trajetória de crescimento, com alta de 1,0% no mês, sustentada pela safra recorde de grãos no primeiro trimestre.

Já o setor de serviços teve avanço mais modesto, de 0,3% no mês, em linha com os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Assim, o IBC-Br excluindo o setor agropecuário voltou a crescer (0,7% em relação ao mês anterior), após um período de estabilidade.

Esse desempenho foi favorecido pela expansão da indústria extrativa e, em menor grau, pelos segmentos ligados à agropecuária, como transportes.

Além disso, o pagamento do saldo remanescente do FGTS para os optantes do saque-aniversário também deve ter contribuído para impulsionar a atividade econômica em março.

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Pesquisas do Banco Safra indicam crescimento do PIB de 1,7% em 2025

Os modelos de acompanhamento mensal (trackings) do Banco Safra indicam que parte dessa expansão da atividade deve ser revertida em abril, refletindo o fim da colheita da soja e os efeitos defasados da política monetária, que tendem a enfraquecer a demanda doméstica ao longo do ano.

Dessa forma, o Banco Safra mantém a projeção de crescimento do PIB real em 1,7% para 2025, com expansão de 1,5% no primeiro trimestre, em comparação ao trimestre anterior, seguida por uma possível retração no segundo semestre.