close

Dexco tem recomendação de compra com preço-alvo reduzido

Projeções revisadas do Safra indicam um leve potencial de alta para as ações da Dexco em relação às estimativas de consenso para 2026

Dexco

As ações da Dexco caíram cerca de 30% após decepções nos resultados de Deca e Revestimentos, além da deterioração do cenário macroeconômico | Foto: Getty Images

O Banco Safra reduziu o preço-alvo para a a ação da Dexto (DXCO3), a antiga Duratex. O preço-alvo do papel para o final de 2025 foi reduzido de R$ 10,50 para R$7,50, mas o Safra manteve a recomendação de Compra devido a uma mudança macroeconômica, menor risco de queda nos resultados e à opcionalidade de uma desalavancagem mais rápida.

As ações da Dexco caíram cerca de 30% desde a última atualização, e o consenso de EBITDA para 2025–26 foi reduzido em aproximadamente 15% após decepções nos resultados de Deca e Revestimentos, além da deterioração do cenário macroeconômico.

Ainda assim, as projeções revisadas do Safra indicam um leve potencial de alta em relação às estimativas de consenso para 2026, o que leva os analistas a crer que os ventos contrários aos preços das ações devido a lucros mais fracos estão exagerados.

Além dos resultados, o Fluxo de Caixa Livre (FCF) negativo e a alavancagem acima de 3x são os principais pontos de preocupação levantados por investidores.

O aumento das expectativas de cortes na taxa de juros no Brasil traz otimismo quanto à capacidade da Dexco de lidar com essas questões, mas o Safra destaca a necessidade de monetizar ativos não core, como feito no passado, para que os investidores precifiquem o crescimento futuro dos lucros no valor das ações da empresa.

A monetização de ativos não core pode transformar a tese de investimento. O Safra não projeta em seu modelo geração de FCF positivo pela Dexco até 2027, mas estima uma queda modesta na alavancagem (dívida líquida/EBITDA) para cerca de 3,2x até o final de 2026 (vs. 3,45x no 1T25).

Safra avalia potencial da Dexco com desalavancagem

O Safra acredita que a empresa pode se desfazer de ativos não core para impulsionar o FCF e acelerar a desalavancagem, como fez no passado com as operações de chuveiros elétricos e torneiras em 2024, e com ativos de terras/florestas (uma SPE de R$200 milhões com um fundo TIMO em 2024 e uma venda de R$1,1 bilhão para a Suzano em 2018).

Vendas de ativos sem comprometer significativamente os resultados operacionais seriam bem recebidas pelos investidores, já que antecipariam a geração de FCF positivo.

Na análise de sensibilidade, o Safra verificou que o múltiplo EV/EBITDA também é altamente sensível a vendas de ativos, já que cada entrada de caixa líquida de impostos de R$500 milhões reduziria a dívida líquida em 9% e a alavancagem em cerca de 0,3x.

CTA Padrão CTA Padrão

Assine o Safra Report, nossa newsletter mensal

Receba gratuitamente em seu email as informações mais relevantes para ajudar a construir seu patrimônio

Invista com os especialistas do Safra