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Juros e endividamento afetam o crédito e reduzem spreads

O número de operações de empréstimo de crédito rural recuou 16% na comparação com o ano passado, sendo mais expressiva entre grandes e médios produtores

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Juro alto e endividamento no setor agropecuário afetam o crédito rural | Foto: Getty Images

O cenário de elevados juros e de maior endividamento no setor agropecuário tem influenciado queda no acesso ao crédito rural no primeiro trimestre do Plano Safra 2025/26, cujos desembolsos somaram R$156 bilhões (-12% a/a) em financiamentos e CPRs.

O número de operações de empréstimo recuaram 16% a/a, sendo mais expressiva entre grandes (-48% a/a) e médios produtores (-30% a/a).

Inflação de setembro avança 0,48%

Houve reversão da queda de 0,11% observada em agosto e aumento de 0,04 p.p. em relação a set/2024. Assim, em 12 meses, o IPCA acumula alta de 5,17%.

Com a devolução do bônus de Itaipu, a energia elétrica residencial subiu 10,3% e constituiu o principal impacto individual no índice mensal (+0,41 p.p.).

Já o setor de alimentos e bebidas recuou 0,26%, beneficiado pela apreciação cambial e pela maior oferta doméstica de alimentos.

Saiba mais

Mercado Secundário – Comentário de spreads

Utilizando a variação média da última semana, estima-se que os papéis IPCA+ continuaram a tendência de queda vista nos últimos meses, com compressão dos spreads na maioria dos setores observados pelo Banco Safra.

O setor de Distribuição de Energia registrou retração em seu spread médio de 14,9 bps, com destaque para a negociação de títulos de Cemig (-25,3 bps) e Energisa (-13,5 bps).

No setor de Rodovias, houve fechamento de 11,8 bps, puxado por companhias como Rota das Bandeiras (-13,2 bps) e pelas concessionárias da Ecorodovias (-29,5 bps).

No setor de Óleo e Gás (-4,3 bps), a debênture da PetroRecôncavo apresentou queda de -38,1 bps na semana, enquanto os títulos de Enauta caíram 14,7 bps.

Dentre os papeis em tendência de abertura, houve continuidade de pressão sobre os títulos de Raízen (+96 bps), influenciando um aumento de 65,5 bps nos spreads das empresas de açúcar e etanol.

Os papéis da Cosan, por sua vez, apresentaram maior volatilidade na semana, tendo registrado abertura de 15 bps, mas fechamento de 24 bps no mês.

O perfil de liquidez da companhia foi beneficiado pelo aumento de capital de R$10 bilhões, anunciado no final de setembro, mas deve se manter neutro em relação à Raízen, dada a sinalização de que os recursos não serão destinados para um possível aumento de capital na controlada.

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