Como escolher a melhor previdência privada de acordo com o seu perfil
A previdência privada é um investimento de longo prazo, procurado especialmente por pessoas que querem garantir uma renda complementar para a aposentadoria
24/04/2025
Entre as pessoas que buscam uma previdência complementar, 57% buscam uma fonte de renda após parar de trabalhar, segundo pesquisa Datafolha | Foto: Getty Images
Quem investe em previdência privada geralmente busca um investimento de longo prazo para garantir uma alternativa de renda para quando se aposentar, segundo uma pesquisa Datafolha contratada pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). Entre as pessoas que buscam uma previdência complementar, 57% responderam que buscam uma fonte de renda após parar de trabalhar. Mas, como escolher a melhor alternativa de previdência complementar de acordo com o seu Perfil?
Os planos de previdência privada são uma alternativa segura para acumular reserva para a aposentadoria. Especialmente para quem pensa no planejamento sucessório, pois os valores aplicados não entram em inventário. Ou seja, é um produto atrelado a facilidades sucessórias. Em caso de morte do investidor, o dinheiro acumulado cai na conta do familiar indicado em 30 dias, o que dá um fôlego para a família em caso de demora no inventário e pode ajudar a pagar custos da partilha e outros.
Os planos de investimento previdenciário têm duas etapas: a acumulação e o resgate. Na primeira, o investidor acumula o capital aplicado. Na segunda, passa a receber o que foi investido mais os rendimentos da aplicação.
Saiba mais
- Fundos de Previdência: futuro tranquilo com independência financeira
- Saiba como declarar seus investimentos no Imposto de Renda em 2025
- Como operar na bolsa de valores com a segurança da Safra Corretora
O investimento é indicado também para quem tem objetivos futuros, como comprar um imóvel ou pagar a universidade dos filhos. Outra vantagem para quem investe em previdência privada é tributária: o imposto sobre os rendimentos é de 10%, enquanto na renda fixa a menor alíquota é 15%.
A possibilidade de pagar 10% sobre o rendimento na previdência privada é aplicada a quem opta pela tabela regressiva e tem um VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre), desde que deixe o dinheiro aplicado por pelo menos dez anos.
Quem tem PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) pode deduzir o valor aplicado da renda bruta tributável até o limite de 12% no ano. A base de cálculo para o imposto é menor, mas o valor final do IR também será menor. Esta regra vale para quem contribui para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e faz a declaração do IR (Imposto de Renda) pelo modelo completo.
Este benefício é um diferimento, ou seja, o pagamento do imposto é adiado, porque ele será pago no momento do resgate ou do recebimento da renda. No PGBL, o imposto é cobrado sobre o valor principal mais os rendimentos.
A previdência privada é um caminho interessante para autônomos e para todos que contribuem pelo piso do INSS. A tendência é que os valores pagos pelo INSS sejam cada vez mais baixos, como tem acontecido nos últimos anos, o que torna a opção da previdência complementar ainda mais interessante.
Para escolher o melhor plano adequado ao seu perfil, é preciso avaliar a estratégia do fundo. Se a pessoa é mais conservadora, é recomendável buscar os fundos de renda fixa, que criam uma proteção para o dinheiro investido em relação à inflação.
Investidor menos conservador pode optar por fundos multimercados, que têm uma carteira mais completa, com diversificação maior de ativos. Já o investidor mais arrojado, disposto a assumir mais riscos, pode investir em um fundo de previdência em ações, que tem mais volatilidade, mas também um retorno esperado maior.
Como escolher o melhor plano de previdência privada:
Assim como na hora de fazer qualquer investimento, pense antes nos seus objetivos:
A previdência privada é um investimento de longo prazo, então, pense em objetivos como uma aposentadoria tranquila, renda complementar ou compra de um imóvel, por exemplo
Avalie seu perfil de risco: conservador, moderado ou arrojado, pois isso influencia da hora da escolha dos fundos.
Escolha o tipo de plano:
- PGBL: Permite deduzir as contribuições na declaração de Imposto de Renda, reduzindo a base de cálculo. Indicado para quem declara o IR completo e deseja aproveitar as deduções.
- VGBL: A tributação incide apenas sobre o rendimento do investimento, o que pode ser vantajoso em algumas situações. Indicado para quem declara o IR simplificado ou já utiliza a dedução máxima do PGBL.
Avalie os fundos de previdência:
Taxas: Compare as taxas de administração, performance (se houver) e prazos de resgate.
Rentabilidade: Analise o histórico de desempenho dos fundos, mas lembre-se que o passado não garante o futuro.
Diversificação: Verifique a composição dos ativos do fundo (renda fixa, ações, etc.).
Gestão: Avalie a reputação e o histórico da gestora do fundo.
Considere a tributação:
Regressiva: A alíquota do imposto diminui com o tempo de aplicação, o que pode ser mais vantajoso para investimentos de longo prazo.
Progressiva: A alíquota do imposto é baseada no valor total resgatado, o que pode ser mais vantajoso para resgates antecipados.
Opte pela modalidade de tributação que melhor se adapta à sua situação.
Procure auxílio de um especialista em assessoria financeira:
Um profissional especializado pode te ajudar a escolher o plano ideal.