Consumo de cerveja cai e Ambev tem recomendação abaixo da média
Desempenho mais fraco das vendas de cerveja deve ser compensado pela gestão, levando a um crescimento de receita líquida próximo a um dígito médio, avalia a Safra
17/07/2025
A indústria de cerveja vem mostrando sinais de produção mais fraca, segundo avaliação dos analistas do Banco Safra | Foto: Getty Images
Os volumes de Cerveja devem cair 1% em 2025, em comparação com o ano passado. Especialistas do Banco Safra esperam um desempenho mais fraco em volume no segmento de cerveja, principalmente devido a uma base de comparação difícil, já que a indústria vem mostrando sinais de produção mais fraca.
O desempenho mais fraco deve ser compensado pela gestão de receita, levando a um crescimento de receita líquida próximo a um dígito médio, segundo a avaliação do Safra.
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O mercado de cerveja na América Latina deve apresentar desempenho melhor devido à base de comparação mais fácil, atribuída à gradual melhora do cenário macroeconômico argentino, o que deve levar a volumes ligeiramente melhores a comparação anual.
Em relação à américa Central, o Safra espera queda de volume, principalmente devido a aumentos de preços no Panamá causados por impostos seletivos.
O desempenho da indústria de cerveja no Canadá deve continuar pressionando os resultados gerais neste trimestre. Além disso, abaixo do EBITDA, o Safra espera deterioração nos resultados financeiros líquidos, principalmente devido a efeitos cambiais e de marcação a mercado (MTM).
No entanto, a alíquota de imposto de renda deve melhorar ligeiramente no ano, em relação ao ano passado, levando a uma melhora de 12% no lucro líquido.
Consumo de cerveja cai e ação da Ambev tem recomendação underperform
O Safra mantém a recomendação de desempenho abaixo da média (underperform) para a Ambev (ABEV3), pois não vê o valuation atual como atrativo considerando os seguintes fatores:
- (i) o alto risco de mudanças no regime tributário no Brasil, na visão do Safra;
- (ii) os ventos favoráveis de commodities e câmbio, que devem se tornar desfavoráveis gradualmente em 2025;
- (iii) a expectativa de que a concorrência no Brasil continue desafiadora; e
- (iv) que as possíveis melhorias na Argentina não devem se materializar rapidamente.