Carteira Top 10 Ações inicia o ano de 2025 com perfil defensivo
Carteira Top 10 Ações, de execução automática, inicia o ano de 2025 com um beta de 0,85, o seja, com um perfil de baixo risco diante do cenário local e global
02/01/2025
Carteira Top 10 Ações do Safra permite investir uma vez e ter dez ações recomendadas pelos especialista do banco todos os meses | Foto: Getty Images
O Banco Safra manteve as recomendações de investimentos da Carteira Top 10 de Ações inalteradas para o mês de janeiro de 2025.
A Carteira Top 10 Ações tem execução automática, ou seja, o investidor faz a aplicação inicial e o rebalanceamento mensal fica por conta dos especialistas da Safra Corretora, a melhor do Brasil para quem investe em ações, segundo o ranking da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Em dezembro, a carteira registrou desvalorização de 2,43%, inferior à queda de 4,28% do Ibovespa. Desde o lançamento, em janeiro de 2012, a carteira teve valorização de 215%, mais que o dobro do Ibovespa (102,86%) e superior ao CDI (213,32%).
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Na avaliação do Safra, se por um lado o momento é de resultados favoráveis para as empresas no curto prazo, fundamentos sólidos e valuations descontados, por outro lado existem riscos de revisões negativas de lucro para 2025 por conta de um cenário macro mais desafiador, que incorpora juros mais elevados e uma perspectiva de desaceleração da atividade econômica mais à frente.
Diante deste cenário, os especialistas do Safra acreditam que a exposição ao mercado acionário por meio de empresas geradoras de fluxo de caixa, pagadoras de dividendos, exportadoras, que negociam a múltiplos baixos e possuem balanço menos alavancado parece ser a estratégia mais adequada para o momento.
Desta forma, o Safra manteve a carteira para o mês de janeiro inalterada. Com isso, a Carteira Top 10 Ações inicia o ano com um beta de 0,85, o seja, com um perfil de baixo risco. O beta é a medida de sensibilidade da ação em relação à variação do mercado. Quanto maior o beta, maior a volatilidade do papel. Ações com beta maior que 1 são consideradas mais voláteis que a média do mercado. Com beta inferior a um, a ação ou a carteira de ações apresenta menor risco de volatilidade.
Cenário para a Carteira Top 10 Ações
Os especialistas do Safra consideram que a atividade econômica mundial deverá crescer em torno de 3,0% em 2025, nível igualável ao do ano de 2024. Nos EUA, o arrefecimento das despesas do governo ajudará a desacelerar gradualmente o ritmo de crescimento do PIB real para 2,0%.
A possibilidade de alteração na condução da política econômica e comercial americana aumentou a inflação esperada pelo mercado e levou o Fed a sinalizar um menor espaço para a redução da taxa de juros.
No Brasil, o resultado primário do governo central deverá atingir -0,5% do PIB em 2024, dentro da banda da meta ajustada (inclui despesas extraordinárias de ajuda ao Rio Grande do Sul).
Para 2025, o Safra incorporou parte do pacote de contenção de despesas aprovado pelo Congresso, o que permite estimar que a despesa do governo central continuará em 19,0% do PIB e o déficit primário ficará em 0,6% do PIB, também próximo da banda inferior da meta ajustada aos precatórios.
Apesar disso, a necessidade de medidas adicionais de contenção de despesas obrigatórias para a manutenção do arcabouço fiscal no médio e longo prazo gerou incerteza e contribuiu para a desvalorização cambial.
A nossa moeda depreciou cerca de 27% em relação ao dólar americano em 2024, sendo metade desse movimento apenas no último trimestre, o que pressionará a inflação ao longo do primeiro semestre de 2025. Isso levou a autoridade monetária a elevar a taxa Selic para 12,25% a.a. em dezembro e sinalizar aumentos de mesma magnitude nas próximas duas reuniões do Copom.
Dessa forma, o Safra espera que a taxa básica de juros caminhe para 14,75% a.a. em maio de 2025. Portanto, incertezas externas e internas pressionaram a taxa de câmbio, com reflexos sobre as expectativas para a inflação e a taxa de juros. O ano de 2025 será marcado pelo arrefecimento da demanda interna e aceleração do volume exportado, permitindo um desempenho modesto do PIB real.