Os melhores fundos imobiliários para investir em junho
Especialistas do Banco Safra aumentam a exposição ao fundo Bresco Logística (BRCO11) e reduzem a posição do Mauá Recebíveis Imobiliários (MCCI11)
10/06/2025
Redução da taxa básica de juros no final deste ano tende a favorecer o mercado imobiliário e, consequentemente, os fundos imobiliários | Foto: Getty Images
O Banco Safra anunciou ajustes na Carteira Top Fundos Imobiliários (FIIs) para o mês de junho, tendo em vista o atual cenário da economia nacional e internacional. Os especialistas do banco reduziram em 2,5 pontos percentuais a exposição ao fundo Mauá Recebíveis Imobiliários – MCCI11. Também aumentaram a exposição ao fundo Bresco Logística – BRCO11, aproveitando a recente performance apresentada no último mês, incrementando o peso dos fundos de tijolo na carteira.
A carteira Safra Top Fundos Imobiliários apresentou variação de 0,81% (desde 12 de maio de 2025), contra 1,22% do Índice Ifix nesse mesmo período, gerando um alfa negativo de 0,41 ponto percentual. Os destaques de performance foram Mauá Capital Recebíveis Imobiliários– MCCI11 (+3,77%), Kinea Securities– KNSC11 (+2,40%) e Riza TerraxRZTR11 (+1,91%).

Nos últimos 12 meses, a carteira apresenta uma valorização de 3,94% versus uma alta de 2,52% do Ifix, um alfa +1,42 ponto percentual sobre o índice. Desde o início em dezembro/19, a carteira apresenta alta de 30,02% versus alta de 17,68% do Ifix.
Os especialistas do Safra projetam que o arrefecimento da atividade econômica e a redução da inflação ao longo do segundo semestre devem permitir que o Banco Central de Brasil inicie um processo de redução da taxa básica de juros no final deste ano, o que tende a favorecer o mercado imobiliário e, consequentemente, os fundos imobiliários.

Desempenho dos Fundos Imobiliários
No primeiro trimestre de 2025, o mercado corporativo em São Paulo manteve-se aquecido apresentando absorção líquida de 45.744m² no trimestre, a maior da série recente. As principais contribuições foram nas regiões da Chucri Zaidan (29.941m²), Chácara Santo Antonio (6.058m²) e Marginal Pinheiros (5.688m²).
A vacância foi reduzida para 16,07%, uma queda de 3,46p.p. em relação ao mesmo período do ano anterior, mas existem regiões, como a Chácara Santo Antônio (45,05%) e Marginal Pinheiros (35,92%), que ainda apresentam altos índices de vacância.

O preço médio pedido permaneceu em linha com o trimestre anterior, atingindo R$ 132,69/m², sendo a Faria Lima a região de maior valor (R$ 289,38/m²) e Chácara Santo Antônio a de menor (R$ 72,27/m²).
As entregas no trimestre somaram 25.222m², a previsão é de 165.000m² a serem entregues no ano. O mercado de escritórios classe A e A+ apresentou estabilidade no Rio de Janeiro, encerrando o trimestre com absorção líquida de 2.846m². A taxa de vacância ficou em 28,89%, estável em relação ao ano anterior, no entanto apenas o Centro apresentou absorção líquida negativa (478m²), mas a região mais desafiadora permanece sendo a Cidade Nova com 57,5% de vacância.

O preço médio pedido está estável em R$ 77,62/m², sendo a Zona Sul a mais cara (R$ 160,00/m²) e a Barra da Tijuca a mais acessível (R$ 69,95/m²). No setor industrial o Brasil apresentou uma absorção líquida de 197.376m² no primeiro trimestre de 2025, com vacância encerrando o trimestre em 10,30% devido aos elevados níveis de entrega (528.988m² no trimestre).
Diferentemente dos trimestres anteriores, São Paulo representou apenas 10% do total de absorções (19.765m²) e entregas de 345.233m²e Guarulhos a região com melhor desempenho dentre as demais do estado. No Rio de Janeiro, a absorção líquida foi de 18.394m², não teve entregas de novas áreas, mas a expectativa do ano é de 50.000m² novos.

O preço médio pedido fechou o ano em R$ 25,26/m², incremento de 4,0% em relação ao ano anterior, com destaque para as novas entregas chegando com valores superiores à média. Os setores mais ativos foram o de logística (156.941m² locados), seguido pelo setor de comércio atacado e varejo.