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Panvel e Direcional engenharia entram na Carteira de Small Caps

Rede de farmácias e construtora entram na carteira sugerida de small caps; em 12 meses, a carteira acumula alta de 19,41%, enquanto o índice de referência (SMLL) ficou em 0,31%

Small Caps abril

Carteiras sugeridas do Banco Safra são produtos de investimentos compostos por ações escolhidas por analistas de Research | Foto: Getty Images

O Banco Safra fez ajustes na carteira sugerida de Small Caps para o período julho-agosto. Considerando o cenário atual da economia nacional e internacional, os especialistas do banco optaram pela a troca de Copasa e Grupo Mateus por Panvel e Direcional Engenharia.

A Panvel é uma das maiores redes de farmácias da região sul do Brasil, e o Grupo Panvel. é formado também pela distribuidora de medicamentos Dimed e pelo laboratório Lifar.[2] Está listado na B3 sob o código PNVL. Tem mais de 600 (seiscentas) lojas físicas no País.

A Direcional Engenharia está entre as cinco maiores construtoras do Brasil, com foco no desenvolvimento de empreendimentos populares e de médio padrão e atuação em diversas regiões do território nacional. Tem posição de destaque na incorporação de empreendimentos imobiliários em oito das maiores regiões metropolitanas do país, além do interior do estado de São Paulo.

A Carteira de Small Caps do Safra é composta por ações de empresas nacionais com capitalização de mercado de até R$ 15 bilhões e que tenham alto potencial de crescimento.

Saiba mais

O cenário do Safra é de que a taxa Selic permanecerá no atual patamar “significativamente contracionista” até o último trimestre deste ano, quando o processo desinflacionário possibilitará o início de um ciclo de flexibilização monetária, o que pode favorecer as small caps.

Desde janeiro, a valorização acumulada da Carteira Small Caps do Safra é de 20,02%, superando os 16,87% do índice de referência SMLL. Em 12 meses, a Carteira acumula 19,41%, enquanto o SMLL está em 0,31%.

Vantagens da Carteira Small Caps

  • Transparência e solidez como pilares de atuação
  • Alto potencial de valorização no longo prazo, com portfólio dedicado às empresas com capitalização de mercado inferior a R$15 bilhões
  • Equipe de Research como responsável pela análise e elaboração do portfólio
  • Perfil mais dinâmico e arrojado

Composição da carteira

Setorialmente, a carteira tem 30% de papéis de empresas de serviços públicos como água e energia, 20% de ações do setor de consumo e varejo, e 10% para cada um dos seguintes setores: construção civil, farmácia, bens de capital, petróleo e gás e shoppings.

Composição da carteira: Marcopolo (POMO4), Cury (CURY3), Alupar (ALUP11), Panvel (PNVL3), Iguatemi (IGTI11), Pague Menos (PGMN3), Smartfit (SMFT3), Direcional (DIRR3), Brava (BRAV3) e Tenda (TEND3).

Panvel (PNVL3)

A empresa continua fortalecendo sua presença na Região Sul, apoiada por seu plano de abertura de lojas e pelo desempenho positivo contínuo de vendas nas mesmas lojas (SSS). O Safra vê a PNVL menos exposta à concorrência dos marketplaces, já que a empresa tem um posicionamento claro como farmácia focada em produtos de beleza e higiene. As vendas do setor de higiene, perfumaria e cosméticos (HPC) cresceram 14,7% ano contra ano, em comparação com os 15,9% do varejo no primeiro trimestre de 2025.

Direcional (DIRR3)

A estrutura de custos da Direcional é mais dependente de materiais (a mão de obra representa de 20% a 25% dos custos totais em comparação com cerca de 40% no INCC), o que ajudou a companhia a manter sua inflação interna abaixo do INCC, consequentemente garantindo níveis mais elevados de margem bruta. O Safra estima que o maior dividend yield, de cerca de 11%, ocorra no fim de 2025, e projeta um sólido crescimento anual composto de 20% no lucro líquido entre 2024 e 2027. No entanto, o banco vê as ações negociadas a um múltiplo P/L atrativo de 7,4x em 2026, caindo para 6,5x se considerada a projeção de dividendos para o ano.

Smartfit (SMFT3)

A companhia é líder no segmento de academias na América Latina, tem perto de 8x o tamanho do segundo maior colocado e é a quarta maior do mundo em número de alunos. A empresa vive um bom momento de resultados, com bom ritmo de abertura de novas academias, crescimento de alunos por unidade e um ticket médio mais alto, que levou a uma expansão robusta de receita e a uma melhora de sua lucratividade, reforçando a confiança do Safra com a performance da empresa. SMFT negocia a 6,2x o Ebitda projetado para 2025, o que representa um desconto para a médiahistórica de 11,2x.

Iguatemi (IGTI11)

O Safra vê como atrativa a exposição à ação no momento, e acredita que o seu portfólio premium e a boa performance de vendas em seus shoppings devem continuar proporcionando poder de negociação perante seus inquilinos, o que deve resultar em crescimento real de aluguel e um desempenho positivo para suas ações. IGTI negocia a um FFO yield de 13,7% para 2025, um prêmio interessante de 4,0pp sobre a taxa da NTNB.

Brava Energia (BRAV3)

O Safra aprecia a estratégia da Brava devido sua exposição a ativos midstream e downstream e fortes oportunidades de otimização de seu portfolio através da alienação de ativos não essenciais, racionalizando o capex e abrindo espaço para investimento em ativos mais rentáveis. No mais, o banco estima um forte fluxo de caixa livre de 35% para 2025 e 23% para 2026, devido a sua forte desalavancagem (o Safra espera um múltiplo Dívida Líquida/EBITDAde 0,6x para 2025).

Alupar (ALUP11)

O Safra entende que a ação negocia a um valuation atrativo e estima uma TIR de 11,1% para a empresa, além de um dividend yield de 4,0% para 2025. Conta com uma gestão com sólida experiência no setor de transmissão e oferece riscos operacionais limitados, sendo uma boa opção defensiva. Os novos projetos recém adquiridos devem desbloquear valor para a companhia, reduzindo a alavancagem e abrindo espaço para distribuição de dividendos maiores.

Cury (CURY3)

O Safra acredita que a companhia deve continuar entregando um dos melhores resultados da indústria, enquanto o seu longo histórico de
desenvolvimentos rentáveis e a sua capacidade de operar uma ampla gama de produtos tanto no programa Minha Casa Minha Vida quanto no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), com padrões operacionais de destaque, reforçam sua posição de destaque. Adicionalmente, espera dividendos superiores a 7,6% para a empresa em 2025.

Pague Menos (PGMN3)

O Safra acredita que o processo de desalavancagem continuará gerando valor para os acionistas, que continuará com crescimento de dois dígitos nas receitas e ainda crescimento de margem.

Tenda (TEND3)

O Safra tem bons olhos para Tenda devido a conclusão do processo de turnaround e sua margem robusta no último tri (36,3%). E vê a alavancagem da companhia caminhando para um nível mais saudável de 59% olhando para Dívida Líquida/Equity em 2025 e 34% em 2026, o que implica em um forte ROE de 42%. Por fim, o ativo é o mais barato em no universo de cobertura de Real Estate do Safra, devido ao valuation de 4,7x P/L para 2026.

Marcopolo (POMO4)

O Safra vê a Marcopolo como uma ótima opção dentro do setor de bens de capital devido a necessidade de renovar a envelhecida frota de
ônibus do país, o que deve impulsionar as vendas da empresa. Também gosta da diversificação geográfica da empresa, que tem operações em 9 países diferentes. O banco vê a POMO4 como um player resiliente devido a sua baixa alavancagem (Dívida Líquida/Ebitda de 0,5x). Além disso, a companhia negocia atualmente a 4,3x do EBITDA projetado para 2025, contra 8,5x da média histórica.

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