Carteira Dividendos inclui JBS após ação ser listada na Bolsa de NY
Banco Safra trocou a ação da Gerdau pela da JBS depois que o frigorífico brasileiro conseguiu a dupla listagem, com ações negociadas no Brasil e Nova York
02/05/2025
A Carteira Dividendos tem execução automática, ou seja, é rebalanceada e revista mensalmente pelos especialistas do Safra, o que dá mais comodidade ao investidor | Foto: Getty Images
A ação da Gerdau (GGBR4) deixou a lista das recomendações da Carteira Dividendos, do Banco Safra, para dar lugar ao papel da JBS (JBSS3). Os especialistas em investimentos do Banco Safra consideram que a ação da JBS passa por um melhor momento de curto prazo, o que justifica sua inclusão na Carteira Dividendos recomendada para o mês de maio.
O Safra avalia como positiva a tese de diversificação de proteínas e geográfica da JBS, adicionado ao fato do avanço da dupla listagem da empresa nas bolsas do Brasil e de Nova York, além do bom momento de spreads para as proteínas de porco e frango.
Em abril, a Carteira Dividendos alcançou valorização de 3,87%, superando o Ibovespa (3,69%) e o CDI (0,59%). No ano, a rentabilidade é de 14,26%, também acima do Ibovespa (12,30%) e o CDI (3,60%).
Carteira Dividendos tem atualização mensal automática
A Carteira Dividendos tem execução automática, ou seja, é rebalanceada e revista mensalmente pelos especialistas do Safra, o que dá mais comodidade ao investidor. O investimento é indicado para quem deseja ter um fluxo de depósitos na conta na forma de dividendos pagos pelas empresas selecionadas.
A Carteira Dividendos da Safra Corretora garante rendimento mensal com um portfólio sólido e com boas perspectivas de valorização. A carteira é composta por ações de empresas nacionais com bom potencial de pagamento de dividendos e expectativa de crescimento.
Composição da Carteira Dividendos para maio

JBS(JBSS3)
O Safra justifica a inclusão citando como positiva a tese de diversificação de proteínas e geográfica da companhia, adicionado ao fato do avanço da dupla listagem e do bom momento de spreads para as proteínas de porco e frango.
Porto (PSSA3)
A Porto apresenta um forte momento de resultados para o ano. Apesar de ter sido uma das mais afetadas pelas reivindicações relacionadas ao Rio Grande do Sul, seu forte impulso nos lucros nos últimos trimestres e o sólido guidance para o ano devem atenuar o revés de curto prazo. Além disso, o valuation atrativo da Porto (~8,0x P/L 2025e) reforça o bom potencial do papel. O Safra espera um dividend yield de 4,7% para 2025.
Petrobras (PETR4)
O Safra acredita que os resultados da Petrobras continuarão robustos no curto e médio prazo e a empresa manterá uma boa capacidade de distribuição de dividendos. Adicionalmente, PETR oferece um valuation atrativo, com suas ações negociando com desconto versus suas pares internacionais e sua média histórica.
TIM Brasil (TIMS3)
O Safra avalia bem a companhia, e espera que ela siga entregando crescimento de receita acima da inflação, o que deve garantir a entrega de bons resultados. Também destaca o valuation atrativo de ~8,0x P/L 2025 (vs ~11,5x da Telefônica) e a boa perspectiva para pagamento de dividendos próximos de11% em2025.
Copel(CPLE6)
A Copel está passando por um processo de ganho de eficiência após a privatização e o Safra acredita que isto deveria gerar resultados para a companhia. O desinvestimento da Compagas poderia ser gatilho para distribuições adicionais de dividendos. Adicionalmente, a Copel renovou os acordos para a operação de três hidrelétricas (FDA, Salto Caxias e Segredo) e ela poderia ser competitiva nos próximos leilões de capacidade do ano. O Safra também vê suas ações negociando a um valuation atrativo (TIR real de 12%) e oferecendo um dividend yield de 4,5%
CPFL(CPFE3)
A companhia conta com operações de alta qualidade, localizadas nas regiões mais desenvolvidas do país. O Safra espera que a CPFE continue buscando o equilíbrio entre crescimento e pagamento de dividendos, mantendo uma distribuição de 75% dos lucros, o que poderia representar um bom rendimento para os acionistas. Olhando para
crescimento, a empresa poderia buscar oportunidades em crescimento orgânico e no aumento da demanda por energia dos datacenters. O Safra vê a CPFL negociando a uma TIR real de 9%.
Itaú Unibanco (ITUB4)
O Safra vê o Itaú como o nome de maior qualidade dentro do setor bancário, por conta de sua maior resiliência em meio a ciclos monetários mais apertados, além de sua capacidade de inovar e aumentar a rentabilidade, tendo mostrado um melhor controle dos indicadores de qualidade de crédito frente a seus pares. Além disso, o banco
está negociando a múltiplos interessantes (P/L para 2025 de ~7x, ainda abaixo de sua média histórica de 10 anosde~10x).
Copasa(CSMG3)
Os analistas do Safra entendem a decepção com os resultados do 4T24 e os dividendos anunciados, mas consideram que a queda recente parece bastante exagerada, abrindo uma oportunidade de compra. A empresa conta com um histórico de resultados financeiros sólidos e uma política de dividendos atrativa quando olhamos para o médio prazo. Além disso, CSMG continua a investir em melhorias e expansão de seus serviços, o que deve contribuir para o crescimento e a estabilidade de seus resultados no longo prazo. A Copasa oferece um valuation muito atrativo ao negociar a 12,8% de TIR e a uma EV/RAB de 0,82x, com um dividend yield estimado para 2025 de 4,9%.
Vale (VALE3)
Além de proporcionar indexação do portfólio, a Vale está diante de um cenário mais positivo para a produção e custos, com prêmios de minério de ferro potencialmente mais altos. O Safra estima o valuation relativamente mais barato em comparação com as grandes empresas australianas, o leve posicionamento dos investidores e o seu desempenho inferior aos preços do minério de ferro como fatores que suportam a visão positiva. Enquanto isso, acredita que a gestão da Vale manterá uma abordagem mais amigável aos acionistas em relação a dividendos extraordinários ou recompra de ações.
BancodoBrasil (BBAS3)
Sua estrutura de funding favorável suporta o ciclo de aperto monetário e as altas nas taxas de juros devem contribuir para a margem de depósitos do banco. Apesar de um cenário mais desafiador para o agronegócio, o que tem reflexo sobre os índices de inadimplência, o Safra manteve as estimativas para o ROE de 21,0% em 2025, patamar alinhado com o consenso. Adicionalmente, o Safra espera que o banco mantenha o bom fluxo de pagamento de dividendos.