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Banco Safra lança fundo de bitcoin com ETF da BlackRock

Fundo do Banco Safra lastreado em bitcoin tem como base o fundo de índices iShares Bitcoin Trust, ETF de bitcoin à vista da BlackRock

Com o ETF, investidor tem exposição ao bitcoin sem precisar lidar com a compra, armazenamento ou proteção direta da criptomoeda | Foto: Getty Images

O Banco Safra acaba de lançar um fundo de investimento lastreado em bitcoin, em parceria com a gestora global BlackRock. A iniciativa oferece aos investidores brasileiros uma forma mais segura e acessível de se expor ao mercado de criptoativos, sem a necessidade de comprar diretamente a moeda digital.

O novo fundo utiliza como base o iShares Bitcoin Trust (IBIT), ETF (fundo de índice) de bitcoin à vista da BlackRock, aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos em janeiro de 2024. O IBIT é negociado na bolsa americana Nasdaq e rapidamente se tornou o ETF com o crescimento mais rápido da história, superando US$ 1 bilhão em ativos sob gestão já na primeira semana. Atualmente, já ultrapassa os US$ 86 bilhões, de acordo com informações da BlackRock de Agosto de 2025.

Mais segurança e acesso facilitado

Ao investir por meio de um ETF, o investidor tem exposição ao desempenho do bitcoin sem precisar lidar com a compra, armazenamento ou proteção direta da criptomoeda. Isso oferece uma camada adicional de segurança, já que o fundo segue normas regulatórias e conta com infraestrutura robusta.

No caso do IBIT, os bitcoins são mantidos pela Coinbase, uma das principais plataformas de ativos digitais do mundo. A custódia é feita em cofres digitais altamente seguros e distribuídos globalmente, o que praticamente elimina o risco de ataques cibernéticos.

No Brasil, o acesso ao ETF é feito por meio do IBIT39, um BDR (Brazilian Depositary Receipt) listado na B3, permitindo que investidores locais acompanhem o desempenho do IBIT sem precisar abrir conta no exterior ou fazer operações cambiais.

Saiba mais

Fundo do Safra tem aplicação mínima de R$ 5 mil

O fundo lançado pelo Banco Safra tem aporte inicial mínimo de R$ 5 mil, taxa de administração de 1,5% ao ano e liquidez em D+2. A aplicação pode ser feita pelo aplicativo do banco, internet banking ou com o gerente de relacionamento.

Popularização do bitcoin entre grandes investidores

O lançamento do IBIT e a entrada de gigantes como a BlackRock no mercado de criptoativos têm ajudado a consolidar o bitcoin como uma classe de ativo relevante em carteiras institucionais. Fundos de pensão nos Estados Unidos, historicamente conservadores, já começaram a incorporar criptomoedas em suas estratégias.

Segundo dados da plataforma CoinGecko, o valor de mercado global das criptomoedas ultrapassou a marca de US$ 4 trilhões em julho de 2025, um recorde histórico. O crescente apoio de autoridades políticas, como o presidente americano Donald Trump, também tem impulsionado o setor. Trump já manifestou apoio público às criptomoedas e indicou nomes favoráveis ao setor para cargos em Washington.

Apesar do crescimento, muitos brasileiros ainda têm receio de investir em criptoativos por conta da volatilidade e da complexidade envolvida. O uso de produtos financeiros regulados, como os ETFs, pode ajudar a ampliar a confiança e facilitar o acesso a esse tipo de investimento.

Com o novo fundo, o Banco Safra aposta na combinação de inovação e segurança para democratizar o investimento em bitcoin, colocando ao alcance do investidor comum um produto que até pouco tempo estava restrito a grandes instituições.

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