A WEG (WEGE3) apresentou resultados levemente negativos para o quarto trimestre de 2024. No front operacional, a receita líquida da WEG ficou em grande parte em linha com o consenso, crescendo 26,4% a/a, beneficiada por uma valorização de 18% a/a do dólar e pela integração completa da Marathon, Cemp e Rotor.
Excluindo essas integrações, o crescimento teria sido de 19,2% na comparação anual. No entanto, em uma base trimestral, o crescimento de 9,8% foi um pouco impactado por uma desaceleração na receita externa, que aumentou 7% em reais e apenas 1,4% em dólares.
Enquanto isso, o EBITDA da empresa atingiu R$2,388 bilhões (+30,5% a/a e +7,3% t/t), resultando em uma margem EBITDA de 22,1%. Essa margem representou um aumento de 69bps a/a, mas uma queda de 50bps t/t, ficando abaixo da estimativa do Safra e do consenso em 63bps e 44bps, respectivamente.
Finalmente, o lucro líquido da empresa de R$1.694 milhões caiu 2,9% a/a, ficando 7,6% abaixo da previsão do Safra, mas 2,1% acima do consenso. A queda anual é explicada principalmente por maiores despesas tributárias em comparação com o 4T23, quando a empresa se beneficiou de ganhos fiscais diferidos.
O ROIC da empresa atingiu 34,2%, uma diminuição de 500bps a/a, atribuída à consolidação da Marathon. O Safra mantém a recomendação Neutra para a WEG, principalmente devido ao valuation elevado.