A Weg (WEGE3) apresentou as principais tendências que devem impulsionar os resultados da empresa nos próximos anos.
Os destaques são:
- (i) Projetos relevantes para aumento de capacidade, incluindo: (a) US$ 62 milhões para expansão na China, prevista para 2026; (b) BRL 1,1 bilhão para uma nova fábrica no Brasil e ampliação das operações em Jaraguá do Sul, com conclusão até 2028; e (c) BRL 2,2 bilhões em investimentos desde 2023 focados em T&D, com grandes projetos até 2026, como uma nova fábrica no México (BRL 765 milhões), uma planta na Colômbia (BRL 190 milhões) e expansões em Betim (MG) (BRL 570 milhões), Itajubá (MG) (BRL 83 milhões) e Gravataí (RS) (BRL 128 milhões). Até 2029, duas novas fábricas de fios — uma no Brasil e outra no México — devem entrar em operação, somando BRL 505 milhões.
- (ii) Iniciativas para mitigar tarifas: A WEG mantém uma estratégia global para reduzir riscos geopolíticos e comerciais. Em resposta às tarifas dos EUA, está redirecionando exportações do Brasil para outras regiões e utilizando sua capacidade no México para atender à demanda americana. Embora as operações mexicanas tenham margens menores que as brasileiras, a expectativa é de convergência após a conclusão da fábrica de fios no México (2029).
- (iii) Sistemas e serviços para recarga de veículos elétricos: A WEG vê grande potencial em e-mobility, com portfólio crescente de estações de recarga e soluções de gestão de energia, incluindo BESS. Destaque para o conceito de nano grid, que permite fluxo bidirecional entre painéis solares, veículos e sistemas residenciais via dispositivos V2X, transformando casas em hubs inteligentes. No segmento de ônibus elétricos, a WEG já fornece baterias e powertrains para cerca de 60% da frota brasileira, expandindo além de São Paulo. Outro foco é dar segunda vida às baterias: por meio do e-Mobility Center, a empresa monitora uso e realiza retrofits que podem estender a vida útil dos veículos em até dez anos, reforçando sustentabilidade e receita recorrente.
- (iv) Aquisição da Reivax e estratégia de compensadores síncronos: A compra da Reivax fortaleceu a transição da WEG de fabricante de produtos para fornecedora de soluções.
Os destaques foram apresentados durante o Investor Day anual em Jaraguá do Sul (SC), na sexta-feira, dia 3. O evento contou com a presença de executivos-chave da companhia, como: Alberto Kuba (CEO), André Rodrigues (CFO), Carlos Grillo (Diretor de Digital & Sistemas), Harry Neto (Diretor de Negócios de Solar, BESS e Construção), João Paulo Silva (Diretor de Energia), Allan Vicente (Diretor Global Industrial de Transmissão e Distribuição) e Paulo Sinoti (Diretor de Soluções & Serviços de Energia).
A Weg reposicionou os compensadores síncronos como parte de projetos integrados, diante da maior demanda por estabilidade da rede causada pela expansão de solar e eólica.
Isso inclui a construção de uma nova planta para compensadores maiores e a integração da expertise da Reivax em sistemas de controle.
Na avaliação dos especialistas do Banco Safra, a perspectiva é construtiva para o crescimento de longo prazo da WEG, sustentado por investimentos significativos em novos produtos e expansão de capacidade.
O Safra espera reflexos no crescimento da receita a partir de 2027. No curto prazo, o banco vê poucos catalisadores para a ação, com ambiente macro incerto, tarifas dos EUA e restrições operacionais no segmento T&D nos EUA, que deve dificultar comparações com a forte base de 2025.
