O Banco Safra avalia como positiva a perspectiva para a ação da Vale (VALE3), principalmente devido à geração de fluxo de caixa livre (FCF) e ao EBITDA acima do consenso.
O EBITDA ajustado da Vale no segundo trimestre de 2025 foi de US$ 3.424 milhões, 2% abaixo da nossa estimativa, mas 7% acima do consenso compilado pela própria empresa, de US$ 3.201 milhões.
É importante destacar que o Safra já havia incorporado os preços realizados e os volumes embarcados divulgados para o trimestre nas projeções.
O EBITDA de Metais para Transição Energética veio acima das expectativa, mas isso foi compensado por um impacto mais negativo nas despesas alocadas em “Outros” EBITDA.
O Safra questiona se a qualidade da superação do resultado (ou seja, os segmentos que superaram o consenso) influenciará na reação do preço das ações.
Perspectivas para a ação da Vale (VALE3)
Os especialistas do Banco Safra acreditam que os resultados da Vale devem crescer sequencialmente no terceiro trimestre de 2025, beneficiados por maiores vendas de minério de ferro e menor custo C1 (custo operacional da produção de minério de ferro da mina até o porto).
As opiniões sobre os preços realizados estão divididas: os preços do minério de ferro no terceiro trimestre de 2025 estão até agora 2% abaixo da média do trimestre anterior (com os preços à vista 3% acima da média do 2T25), os preços do cobre estão 2% acima (à vista 2% abaixo), e os preços do níquel estão 1% acima (à vista 3% abaixo).
O Safra se diz marginalmente mais construtivo quanto à resiliência dos preços do minério de ferro. A administração da Vale pode querer reduzir ainda mais a dívida líquida expandida antes de pagar dividendos extraordinários, mas vemos com bons olhos a decisão da companhia de utilizar instrumentos financeiros para apoiar seu programa de recompra de ações. Ao fazer isso, a Vale preserva caixa e mantém exposição às variações do preço de suas ações.
