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Redesenho da Qualicorp começa a mostrar resultados positivos

Qualicorp (QUAL3) mostra-se mais limpa e enxuta, com estabilização à vista e um caminho crível para crescer, despertando o interesse de investidores


A Qualicorp (QUAL3) desenhou e executou com diligência um plano de turnaround que começa a mostrar seus primeiros resultados, a partir da reconstrução do processo de aceitação/subscrição. O que antes era um gargalo agora é uma seleção de risco estruturada, baseada em entrevistas e apoiada por dados, com documentação rigorosa. Esta é a mensagem do CEO da Qualicorp, Maurício Lopes, e do RI Eduardo Garcia.

A governança é replicável e aplicável em todos os canais, com consequências econômicas claras para originações de baixa qualidade. O processo se tornou uma referência no setor, e concorrentes já estão contratando a Qualicorp para operar esse fluxo.

Esse redesenho está aprimorando o diálogo com operadoras e abordando diretamente o churn (rotatividade), uma condição essencial para qualquer crescimento sustentável.

Modelo operacional da Qualicorp (Qual3) está mais ajustado e previsível

O interesse dos investidores em QUAL3 aumentou nos últimos meses, e sua visibilidade de execução continua a melhorar.

O Banco Safra reitera a recomendação de Compra para o papel da Qualicorp (QUAL3).

A base de vidas caminha para a estabilização, segundo os especialistas do Banco Safra. O portfólio agora é gerido por coorte (grupos de indivíduos que compartilham características comuns), entidade e “vintage” de produto, o que aumenta a responsabilidade e acelera ações corretivas.

O controle de churn, a economia mais rigorosa com corretores e, quando apropriado, coberturas parciais temporárias reduziram o ruído nos primeiros meses de permanência.

A precificação tornou-se mais racional do que nos últimos anos, melhorando o equilíbrio entre crescimento e rentabilidade das operadoras. A combinação de melhor aceitação, precificação mais disciplinada e gestão mais restrita por coorte está se traduzindo em menores cancelamentos.

À medida que a empresa reforça a “porta de entrada” e o portfólio se comporta melhor, a execução comercial e a alocação de capital estão calibradas para durabilidade, e não volume.

O CAC é aplicado com controle criterioso e pode ser ampliado taticamente em produtos e geografias onde a economia unitária em nível de coorte já está comprovada.

A remuneração dos corretores agora reflete retenção e índice de sinistralidade, alinhando o comportamento comercial à rentabilidade das operadoras e desincentivando vendas de baixa qualidade.

A rede de distribuição tornouse mais seletiva e, em certos casos, as próprias operadoras têm contratado a Qualicorp para operar o canal de varejo de ponta a ponta (ou seja, evidência de que as capacidades comerciais e de subscrição da empresa são cada vez mais vistas como referência no ecossistema).

Opcionalidade de balanço e disciplina operacional reforçam a tese de investimento

A geração de caixa é forte, os vencimentos foram alongados e a alavancagem está em queda, reabrindo espaço para retornos de capital enquanto mantém a sequência de prioridades da gestão: preservar caixa, desalavancar, investir na aquisição de clientes e, então, considerar dividendos.

O potencial de eficiência é tangível: simplificação de fluxos de trabalho centrais, maior automação, racionalização de fornecedores e uma arquitetura de incentivos mais profissionalizada em toda a liderança e distribuição.

Em suma, esses vetores moldam uma Qualicorp mais limpa e enxuta, com estabilização à vista e um caminho crível para crescer por meio de melhores coortes, e não de volume indiscriminado, destaca o Banco Safra.


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