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ANÁLISE

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Pague Menos tem recomendação de compra após trimestre positivo

Pague Menos entregou forte crescimento de receita e tem recomendação de compra com preço-alvo de R$5,00 por ação


A Pague Menos (PGMN3) apresentou um crescimento de 18% na receita líquida na comparação anual (+2% acima da estimativa do Safra) e uma expansão de 74 pontos base (bps) na margem EBITDA, principalmente devido à diluição das despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A), impulsionada pelo crescimento acelerado — ou +60bps A/a excluindo o efeito APV (valor presente ajustado).

Outros destaques do trimestre, segundo análise do Banco Safra, incluem:

  • (i) maior produtividade por loja (+17,8% A/A),
  • (ii) melhora no ciclo de caixa (redução de 3 dias A/A, principalmente relacionada a estoques), e
  • (iii) redução da alavancagem (dívida líquida/EBITDA caiu de 3,4x para 2,6x em 12 meses).

Por fim, os resultados devem gerar revisões positivas nos lucros esperados, especialmente considerando os desafios do setor, como o menor reajuste do CMED e maior concorrência no segmento HPC.

Análise do Banco Safra sobre os resultados do Pague Menos (PGMN3)

Os especialistas do Banco Safra avaliam os resultados da rede Pague Menos no segundo trimestre de 2025 como positivos para a empresa, com sinergias da aquisição da Extrafarma começando a aparecer.

A companhia entregou forte crescimento de receita (+18% A/A), expansão de margem EBITDA de 60bps (ex-APV) e alavancagem estável em 1,9x dívida líquida/EBITDA.

O Banco Safra mantém recomendação de compra para as ações (rating de Compra) e preço-alvo de R$5,00 por ação.

Melhora da produtividade em ambos os formatos

A receita bruta foi de R$4 bilhões (+18% A/A, +2% vs. Safra), com crescimento de 18% nas vendas mesmas lojas (SSS), e abertura líquida de 4 lojas nos últimos 12 meses.

A produtividade média mensal por loja subiu 17,8%, chegando a R$800 mil (vs. R$679 mil em 2T24), puxada por:

  • (i) avanço nas vendas digitais (18,7% das vendas, +460bps A/A),
  • (ii) mais tickets (+8,6%) e ticket médio maior (+8,7%).

Em termos de mix, destaque para medicamentos de marca e genéricos (+23,7% e +18,7%), além de OTC e HPC (+14,2% e +11,1%). EBITDA e lucro líquido superam projeções, com suporte do APV.

O lucro bruto foi de R$1,2 bilhão, com margem de 30,7% (+30bps A/A), impactada positivamente pelo efeito contábil não-caixa do APV.

Excluindo o APV, a margem seria de 30,4%, em linha com a estimativa do Safra.

O EBITDA foi de R$244 milhões (margem de 6,1%), e de R$232 milhões excluindo o APV (margem de 5,8%), +60bps A/A e +40bps vs. Safra.

O lucro líquido foi de R$60 milhões (vs. R$44 milhões no 2T24 e R$30 milhões esperados), refletindo o bom desempenho operacional que compensou o aumento das despesas financeiras.

Conversão de caixa melhora e alavancagem recua

O ciclo de caixa caiu 3 dias em relação ao ano anterior, com destaque para estoques (2 dias), o melhor desempenho para um segundo trimestre desde 2019.

Fornecedores e contas a receber ficaram estáveis. Ajustando pelo adiantamento de recebíveis (maior participação de medicamentos RX), o ciclo de caixa teria aumentado 3 dias. A alavancagem caiu para 2,6x, -0,8x A/A e -0,2x T/T.


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