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Pão de Açúcar queima R$ 958 milhões do caixa em 12 meses

Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) descontinuou projeção de abertura de lojas para 2025 e 2026, e Safra vê notícia como positiva para preservar caixa


O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) apresentou números em linha com as expectativas, exceto pelo prejuízo líquido, que foi 16% menor do que a estimativa do Banco Safra. No entanto, a queima de caixa de R$958 milhões nos últimos 12 meses (excluindo os R$123 milhões provenientes do aumento de capital e da venda de ativos) continua sendo a principal preocupação, segundo os especialistas do Banco Safra, reforçando a recomendação de desempenho abaixo da média (Underperform).

A empresa anunciou que descontinuou sua projeção de abertura de lojas para 2025 e 2026, o que o Safra vê como uma notícia positiva para preservar caixa.

PCAR3: Melhora na margem EBITDA, mas queima de caixa continua preocupando.

  • (i) Vendas totais: R$5 bilhões (+6% a/a), em linha com a estimativa do Safra;
  • (ii) Portfólio premium: R$2,5 bilhões (+7% a/a, +1% vs. Safra), impulsionado pelo crescimento de 6,5% nas vendas mesmas lojas (SSS);
  • (iii) Lojas convencionais: R$1,6 bilhão (+4% A/a, -3% vs. Safra), com crescimento de 4,8% nas SSS parcialmente compensado pelo fechamento de 5 lojas.
  • (iv) Lojas de bairro: R$650 milhões (+17% A/a), em linha com Safra, com abertura de 42 lojas compensando o crescimento nulo nas SSS (afetado por feriados prolongados).
  • (v) Vendas diretas (Aliados): R$187 milhões (-20% A/a, -3% vs. Safra), impactadas pelo foco estratégico em equilíbrio de margem. (vi) Outros negócios: R$74 milhões (+9% A/a). Margem bruta: 27%, queda de 80bps A/a (-90bps vs. Safra), devido ao ambiente competitivo mais desafiador. EBITDA ajustado (ex-IFRS): R$197 milhões (+9% A/a), margem de 4,2% (+20bps A/a), em linha com Safra, refletindo maior eficiência nas despesas SG&A.

Prejuízo líquido ajustado das operações continuadas: R$171 milhões vs. R$263 milhões no 2T24, devido à melhora operacional. Queima de caixa nos últimos 12 meses: R$835 milhões (inclui impacto positivo de vendas de ativos e aumento de capital). Excluindo esses eventos, a queima seria de R$958 milhões — principal preocupação. Capex de expansão estimado: R$120 milhões para 2025 e R$163 milhões para 2026.


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