A rede Magazine Luiza (MGLU3) apresentou números em linha na parte operacional do DRE (receita líquida e EBITDA estritamente em linha com o Safra, e lucro bruto -2%), enquanto o lucro líquido ajustado foi positivo em R$2 milhões (vs. estimativa do Banco Safra de prejuízo líquido de R$20 milhões), excluindo R$26 milhões em despesas não recorrentes.
Por fim, a empresa registrou geração de caixa após capex de R$373 milhões (últimos 12 meses), excluindo o aumento de capital da LuizaCred de R$400 milhões e o pagamento de dividendos de R$200 milhões no período, contra uma geração de caixa de R$726 milhões no 2T24 (últimos 12 meses).
Avaliação do Safra sobre resultados do Magazine luiza (MGLU3)
O Banco Safra considera os resultados do segundo trimestre de 2025 como positivos. No entanto, as difíceis condições macroeconômicas de curto prazo reforçam a postura cautelosa do Safra em relação à MGLU (e ao setor em geral), mantendo a recomendação Neutra.
Os números do DRE vieram em linha com as estimativas do Safra e, embora a geração de caixa tenha se mantido positiva, foi inferior à anterior.
O Safra também destaca que o atual nível de taxa de juros deve continuar impactando negativamente o custo de antecipação de recebíveis e, consequentemente, o lucro líquido.
A Magalu registrou receita líquida de R$9,1 bilhões, crescimento de 1% ano contra ano, em linha com a estimativa do Safra. O principal motor desse desempenho foi o SSS (vendas mesmas lojas) do varejo físico (B&M), com alta de 3,5% ano contra ano, enquanto o SSS do e-commerce caiu 2,1% ano contra ano.
A divisão das vendas por canal foi:
- (i) B&M, +3% ano contra ano e -2% vs. Safra;
- (ii) 3P, -6% ano contra ano e -5% vs. Safra; e
- (iii) 1P, praticamente estável (alta de 1% ano contra ano e +1% vs. Safra). O mercado continuou difícil para eletrônicos e eletrodomésticos, o que explica esse crescimento tímido.
Eficiência impulsiona ganho de margem EBITDA da MGLU3
A margem bruta caiu 40 pontos-base ano contra ano devido a uma liquidação de meio de ano, que impactou negativamente a margem de mercadorias. No entanto, maior eficiência nas despesas com SG&A compensou a pressão na margem bruta, levando a uma margem EBITDA ajustada de 8%, +6 pontos-base vs. Safra.
O EBITDA ajustado foi de R$727 milhões (+2% ano contra ano; em linha com o Safra).
A Magalu registrou lucro líquido ajustado de R$2 milhões, comparado à estimativa do Safra de prejuízo de R$20 milhões e queda de 96% ano contra ano, devido ao aumento das despesas financeiras, principalmente relacionadas ao custo maior de empréstimos e financiamentos.
Mais um trimestre de geração de caixa positiva, embora em nível inferior ao anterior: A Magalu registrou geração de caixa após capex de R$373 milhões nos últimos 12 meses (excluindo o aumento de capital da LuizaCred e o pagamento de dividendos), comparado à geração de caixa de R$726 milhões nos últimos 12 meses do 2T24