O Mercado Livre (MELI) está avaliando a aquisição da farmácia e drogaria , Target, pertencente à Cuidamos Farma Ltda. A operação seria realizada por meio da K2I Intermediação, subsidiária da empresa de logística Kangu, adquirida pelo Mercado Libre em 2021.
A documentação necessária já foi submetida ao CADE (órgão antitruste) para aprovação.
Ma avaliação dos especialistas do Banco Safra, a notícia é positiva para a ação do mercado Livre, pois a companhia entraria em um novo mercado (venda online de medicamentos), que atualmente representa quase um quarto das vendas das grandes redes farmacêuticas.
No entanto, o Safra destaca que essa aquisição isoladamente teria impacto limitado para a MELI e/ou para as varejistas farmacêuticas, já que, de acordo com a regulamentação brasileira, a venda online de medicamentos só pode ser feita por uma farmácia física (centros de distribuição não são permitidos) com a supervisão de um farmacêutico no local.
Consequentemente, como a MELI está adquirindo uma farmácia em São Paulo, neste momento seu poder de fogo para competir com as varejistas farmacêuticas seria limitado.
Compra da Target pelo mercado Livre amplia concorrência
Ainda assim, o Safra vê a aquisição como um campo de testes para iniciativas futuras e possivelmente maiores. Portanto, apesar do impacto muito limitado hoje, o banco considera a notícia como negativa para as varejistas farmacêuticas, pois elas podem enfrentar um concorrente muito forte e agressivo no segmento online.
A concorrência online já vem prejudicando as vendas de produtos HPC (não regulados) das varejistas farmacêuticas, que representam 20%–30% de suas vendas totais, destaca o Safra.
