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Mercado Libre colhe resultados sólidos em toda a América Latina

O lucro líquido foi de US$ 494 milhões, alta de 44% na comparação com o ano passado, devido a menores despesas financeiras e melhor desempenho operacional


A receita reportada pela Mercado Libre (MELI) foi 10% acima da estimativa do Banco Safra, impulsionada pela expansão do e-commerce em todas as regiões e pelo sólido desempenho da unidade de Fintech. O desempenho da Argentina foi o destaque do trimestre, após
vários trimestres sendo a região de pior desempenho.

Além disso, a companhia apresentou uma expansão de 67bps na margem EBIT a/a, atingindo 12,9%, 76bps acima da estimativa do Safra. A receita cresceu 37% a/a, totalizando US$5,9 bilhões (+10% vs. estimativa), enquanto o EBIT subiu 45% a/a, alcançando US$763 milhões (+17% acima da estimativa).

O lucro líquido foi de US$ 494 milhões, alta de 44% a/a, devido a menores despesas financeiras e melhor desempenho operacional. Em relação à alavancagem, a companhia encerrou o trimestre com uma saudável razão dívida líquida/EBITDA de 0,8x.

Avaliação do Safra sobre os resultados da Mercado Libre

A Mercado Libre continua sendo a melhor operadora do setor de e-commerce na América Latina, na avaliação do Banco Safra, com sólido crescimento de receita e ganho de participação de mercado, aliado à melhora na rentabilidade.

Além disso, a empresa segue apresentando forte geração de caixa, o que sustenta seus investimentos na plataforma e, portanto, deve continuar impulsionando o ganho de market share da MELI na região.

Por fim, após a forte surpresa positiva nos resultados da Argentina, o Safra acredita que os riscos relacionados ao país diminuíram consideravelmente. Assim, o Safra reitera a visão positiva sobre a companhia.

E-commerce continua superando os concorrentes

A MELI reportou receita líquida de e-commerce de US$3,3 bilhões (+32% a/a e +9% vs. estimativa do Safra), devido aos seguintes fatores:

  • (i) expansão do GMV para US$13,3 bilhões (+17% a/a e +7% vs. estimativa), impulsionada pelo aumento no número de itens vendidos (493 milhões no 1T25, +28% a/a e +12% vs. estimativa), o que mais do que compensou o ticket médio menor (-4% vs. estimativa); e
  • (ii) melhora no take rate para 21% (+193bps a/a e apenas 4bps abaixo da estimativa do Safra), à medida que a empresa continua ampliando sua oferta de serviços.

Receita por região:

  • (i) Brasil, US$1,8 bilhão, +20% a/a, +3% vs. estimativa do Safra;
  • (ii) México, US$778 milhões, +27% a/a, em linha com a estimativa;
  • (iii) Argentina, US$474 milhões, +137% a/a, +60% vs. estimativa; e
  • (iv) Outros, US$689 milhões, +1% a/a, -4% vs. estimativa. A participação de ads na receita cresceu 10bps a/a.

Fintech: crescimento acelerado e provisões sob controle.

A empresa reportou receita líquida do segmento de fintech de US$2,6 bilhões, alta de +44% a/a e em linha com a estimativa do Safra, impulsionada pela expansão do TPV para US$58,3 bilhões (+43% a/a e +7% vs. estimativa), apesar da exclusão da operação P2P do TPV e da estabilidade no take rate (+15bps acima da estimativa de 4,4%).

A carteira de crédito foi de R$7,8 bilhões (+75% a/a e +13% vs. Safra), enquanto o PDA cresceu 61% a/a, ritmo ligeiramente inferior ao da
carteira.

O Safra destaca que a carteira com mais de 90 dias de atraso ficou praticamente estável, com aumento de 10bps a/a, enquanto a
cobertura de provisões permaneceu em nível elevado, em 147% (vs. 146% no 4T24 e 156% no 1T24).

Receita por região:

  • (i) Brasil, US$1,2 bilhão, +20% a/a, +9% vs. Safra;
  • (ii) México, US$444 milhões, +24% a/a, +7% vs. estimativa;
  • (iii) Argentina, US$908 milhões, +119% a/a, +16% vs. Safra;
  • (iv) Outros, US$71 milhões, +27% a/a, +2% vs. Safra.

Surpresa positiva na margem

O EBIT totalizou US$763 milhões, alta de 45% a/a e 17% acima da estimativa do Safra, com crescimento de margem de 67bps a/a e 76bps acima da estimativa. Esse crescimento se deve principalmente à alavancagem operacional, impulsionada pelos números excepcionais da Argentina, que mais do que compensaram o aumento das despesas com inadimplência a/a — à medida que a empresa continua expandindo sua oferta de crédito — e os maiores investimentos e pressões de custo no Brasil e no México.

Por fim, a empresa reportou lucro líquido de US$494 milhões, alta de 44% a/a, devido a menores despesas financeiras e melhor desempenho operacional.

Balanço sólido: Além do desempenho operacional melhorado, a empresa manteve sua saudável razão dívida líquida/EBITDA de 0,8x (vs.
0,5x no 1T24 e 0,6x no 4T24) e uma posição de dívida líquida de US$2,8 bilhões.


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