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Receita internacional compensa perda local da Marcopolo

Receita internacional da Marcopolo (POMO4) aumentou 49% em relação ao ano anterior, enquanto receita doméstica caiu 15%


O resultado da Marcopolo (POMO4) no 3T25 foi considerado ligeiramente positivo pelos especialistas do Banco Safra, já que a queda no desempenho doméstico foi compensada por uma melhora sólida nas vendas internacionais.

A receita da empresa atingiu R$ 2,505 bilhões, marcando um aumento de 8,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado por um forte crescimento de 49% nas receitas internacionais, embora parcialmente compensado por uma queda de 15% nas receitas domésticas, devido a menores volumes nos segmentos rodoviário (-22%) e Volare (32%).

Enquanto isso, o EBITDA ajustado da empresa aumentou 14,3% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 491 milhões (excluindo o impacto negativo de R$ 71,3 milhões da NFI), resultando em uma margem EBITDA ajustada de 19,6%, um aumento de 104 pontos-base, impulsionado por uma melhor composição de vendas e maiores exportações.

Por fim, o lucro líquido da Marcopolo foi de R$ 330 milhões, uma queda de 1,8% em relação ao ano anterior, principalmente devido ao impacto da NFI (ajustado por esse impacto, o lucro líquido seria de R$ 377 milhões, um aumento de 12%).

Receita da marcopolo (POMO4) cresce 8,2% no ano

No aspecto operacional, a receita da Marcopolo aumentou 8,2% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 2,505 bilhões. Sua receita doméstica (50% do total) caiu 15% em relação ao ano anterior e 11,6% em relação ao trimestre anterior, impactada por uma queda de 12% nos volumes e uma redução de 4% nos preços médios implícitos.

Essa queda reflete volumes mais fracos nos segmentos rodoviário (-22%) e Volare (-32%), parcialmente compensados pelo crescimento de volumes nos segmentos urbano (+11%) e micro-ônibus (+35%).

Enquanto isso, a receita internacional aumentou 49% em relação ao ano anterior, impulsionada por um aumento de 13% nos volumes de vendas internacionais, combinado com preços implícitos mais altos (+32% em relação ao ano anterior e +34% excluindo variação cambial), o que atribuímos a uma melhor composição de produtos, com ônibus de maior valor agregado.

Safra destaca os seguintes fatores nos resultados da Marcopolo

  • (i) Produção consolidada de ônibus rodoviários: 1.473 unidades (+21%), com receita de R$ 1,031 bilhão (+27,6%);
  • (ii) Produção consolidada de ônibus urbanos: 1.265 unidades (+2%), com receita de R$ 670 milhões (-4%);
  • (iii) Produção consolidada de micro-ônibus: 768 unidades (+32%), com receita de R$ 180 milhões (+9,5%), dos quais 564 foram entregues pelo programa CDE, marcando um aumento significativo em relação às 397 unidades entregues no 3T24;
  • (iv) Produção consolidada de Volare: 853 unidades (-27%), com receita de R$ 429 milhões (-9,6%), dos quais apenas 67 foram entregues pelo programa CDE, uma redução acentuada em relação às 110 entregues no 3T24.

EBITDA atinge R$ 420 milhões

A Marcopolo sofreu um impacto de R$ 71,3 milhões relacionado a uma perda por impairment na NFI. Ajustando esse valor, o EBITDA teria alcançado R$ 491 milhões, com uma margem EBITDA de 19,6% (aumento de 104 pontos-base em relação ao ano anterior e 122 pontos-base acima das estimativas de consenso).

O lucro bruto da Marcopolo foi de R$ 669 milhões (alta de 16% em relação ao ano anterior e 13% em relação ao trimestre anterior), enquanto a margem bruta ficou em 26,7%, 177 pontos-base acima do ano anterior, devido à melhora na composição de vendas e ao aumento das exportações.

Enquanto isso, as despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A) aumentaram 34%, e a empresa registrou prejuízo com equivalência patrimonial de R$ 63,5 milhões (em comparação com um ganho de R$ 13,8 milhões no 3T24), devido à perda de R$ 71,3 milhões relacionada ao impairment na New Flyer.

Por fim, a empresa reportou lucro líquido de R$ 330 milhões (queda de 1,8% em relação ao ano anterior, mas 8,4% acima da estimativa do Safra).

A empresa apresentou uma alíquota efetiva de imposto de 20,4% (redução de 441 pontos-base em relação ao ano anterior) e um resultado f inanceiro positivo de R$ 33 milhões (acima dos R$ 23 milhões positivos registrados no 3T24).


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