Os números reportados pelo Itaú Unibanco (ITUB4) representaram uma continuação da tendência positiva de
rentabilidade observada nos trimestres anteriores, embora amplamente esperada e com espaço para críticas na margem de juros líquida (NIM) de clientes e nas despesas operacionais.
Dado o forte posicionamento do mercado no papel e o histórico de execução impecável do banco, este resultado pode gerar uma leitura com mais nuances, segundo a análise do Banco Safra.
Ainda assim, o banco conseguiu manter NIMs sólidos ajustados ao risco e um ROE elevado de 23,3%. Não surpreendentemente, o índice CET1 atingiu 13,5%, construindo uma base sólida para a tese de carregamento e dividendos extraordinários.
O banco de investimento apresentou um crescimento estelar de receita de +34% ano a ano no trimestre, impulsionado por
emissões e distribuição de renda fixa, o que é um indicativo positivo para os resultados do 3T do BTG Pactual.
O negócio de adquirência superou amplamente o setor, potencialmente indicando o sucesso inicial da nova proposta
de valor para PMEs com o ItauEmps.
Por fim, o banco revisou para cima sua projeção de receita líquida de juros (NII) de mercado, como esperado, devido ao forte desempenho no 1S25, o que agora implica uma nova projeção de lucro líquido de R$ 46,8 bilhões (no ponto médio da faixa de guidance), segundo nossas estimativas, o que pode superar ligeiramente nossa projeção atual de R$ 46,5 bilhões. No geral, reiteramos nossa recomendação de Compra.