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Iochpe-Maxion apresenta potencial de valorização de 30%

Safra inicia cobertura de Iochpe-Maxion, líder mundial no segmento de rodas automotivas e uma das principais fabricantes de componentes automotivos nas Américas


O Banco Safra iniciou a cobertura de Iochpe-Maxion (MYPK3) com recomendação Compra e preço-alvo de R$17,50/ação em 12 meses, o que implica um potencial de valorização de 30%.

A Iochpe é a líder mundial no segmento de rodas automotivas e uma das principais fabricantes de componentes automotivos nas Américas. A empresa possui presença geográfica diversificada, com 33 unidades em 14 países e cerca de 17 mil colaboradores, o que permite atender as principais montadoras (OEMs) do mundo.

Atualmente, a Iochpe está sendo negociada a um múltiplo EV/EBITDA 2026E de apenas 3,1x, 28% abaixo de sua média histórica e com um desconto significativo de 41% em relação aos pares industriais brasileiros. Nesse nível, o Banco Safra vê uma relação risco-retorno atrativa para a tese.

As projeções dos especialistas do Safra assumem uma expansão modesta da margem EBITDA de 60bps a/a, atingindo 10,5% em 2025 e melhorando gradualmente para 10,8% até 2029.

Além da avaliação descontada, o Safra espera melhorias operacionais contínuas, impulsionadas por:

  • (i) estrutura de custos otimizada, após ajustes nos contratos com grandes OEMs globais;
  • (ii) expansão de capacidade na América do Norte, equilibrando a estrutura de custos e permitindo atender clientes que hoje são recusados por falta de capacidade;
  • (iii) volumes estáveis e, portanto, maior diluição de custos fixos.

Esses vetores devem sustentar uma redução gradual da alavancagem (o Safra projeta dívida líquida/EBITDA dos últimos 12 meses de 1,9x em 2026E, ante 2,3x no 1T25).

Os principais pilares que sustentam a tese do Safra de investimento e recomendação Compra para a Iochpe são:

  • (i) rentabilidade melhor e mais sustentável à frente, impulsionada por estrutura de custos mais enxuta, após renegociação de contratos com OEMs, aumento de capacidade na América do Norte e volumes mais estáveis;
  • (ii) relacionamento sólido com grandes OEMs e presença global, permitindo à empresa se posicionar não apenas como fornecedora, mas como parceira estratégica global;
  • (iii) posição privilegiada para capturar tendências de eletrificação, já que a adoção crescente de veículos elétricos de massa representa uma nova oportunidade para a Iochpe, pois os calotas reduzem a diferença estética entre rodas de aço e de alumínio. Como as rodas de aço são significativamente mais baratas e as montadoras chinesas estão sob pressão para reduzir custos, a demanda por soluções mais econômicas está crescendo. A Iochpe, com capacidade ociosa em aço e proximidade estratégica de novas plantas, está bem-posicionada para atender essas OEMs em expansão;
  • (iv) diversificação de portfólio e geográfica, com mix de receita bem distribuído entre mercados-chave, o que dilui os efeitos de tendências macro negativas e oferece proteção natural contra volatilidade regional;
  • (v) liderança no mercado global, que se traduz em vantagens financeiras baseadas em escala.

Os principais riscos para a tese de investimento são:

  • (i) forte dependência da indústria automotiva;
  • (ii) juros elevados no Brasil prejudicando volumes;
  • (iii) alta exposição à volatilidade dos preços de matérias-primas;
  • (iv) redução de volumes no mercado dos EUA devido a tarifas de importação;
  • (v) forte dependência de um número limitado de montadoras;
  • (vi) poder de barganha limitado;
  • (viii) pressão regulatória e ESG.

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