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IBR (Re): resultado dentro da estimativa compensa subscrição

IRB (Re) registra lucro líquido de R$119 milhões, 5% acima do trimestre anterior e 50% acima do mesmo período do ano passado; recomendação é neutra


O lucro antes dos impostos do IRB Brasil RE (IRBR3) ficou em linha com a estimativa do Banco Safra, com a lucratividade sendo mais uma vez impulsionada pela receita financeira.

Enquanto isso, os resultados de subscrição ainda foram fracos, com alguns impactos concentrados em sinistros. Ainda assim, com 2 meses de dados já divulgados pela Susep, os resultados de março foram bons o suficiente para corresponder às previsões do Banco Safra, o que o banco considera positivo.

O Safra aplaude os esforços da gestão para crescer priorizando a lucratividade. No entanto, os números destacaram que os resultados trimestrais serão significativamente impactados enquanto o desempenho dos prêmios permanecer fraco após um evento específico de sinistro.

Por outro lado, a relação de solvência ainda conseguiu se expandir, agora em 207%, o que pode apoiar taxas de retenção mais altas no futuro.

Além disso, no ritmo atual de crescimento do resultado final, o prejuízo líquido acumulado de -R$300mn deve ser revertido em lucros retidos até meados do 3T. O Safra reitera a recomendação Neutra para as ações do IRB (Re).

Destaques do resultado do IRB (Re) no primeiro trimestre

O IRB (Re) registrou um lucro líquido de R$119 milhões, +5% t/t, +50% a/a, e em linha com os números do Safra e com os níveis sugeridos pelos dados da Susep até fevereiro.

Os resultados de subscrição caíram 42% t/t e ficaram 34% abaixo dos números do Safra, e a relação combinada ficou em 103,7%, afastando-se da meta de 95%, impactada por sinistros nas operações no Brasil. Isso foi compensado por mais um forte desempenho da receita financeira de R$210 milhões, com um benefício de R$45 milhões relacionado a mudanças cambiais.

Resultados de subscrição

Os prêmios emitidos brutos caíram -13% a/a (15% abaixo da estimativa), com uma queda de 19% no Brasil que levou a uma diminuição na participação da região nos prêmios emitidos para 69% (de 74% no 1T24).

Do ponto de vista do produto, o principal detrator do desempenho foi os prêmios de vida, que caíram 62% a/a. O segmento de riscos especiais foi o único que apresentou crescimento.

Os prêmios ganhos ficaram 17% abaixo da previsão do Safra (-14% a/a), refletindo a falta nos prêmios emitidos brutos e apesar da taxa de retrocessão de 22%, que ficou praticamente em linha com os números do Safra.

A relação de sinistros de 66,5% (+250bps t/t) foi 160bps acima da estimativa, ficando em 79% no Brasil e 42% no segmento Internacional. Por outro lado, as despesas administrativas e os custos de aquisição ficaram 30% e 8% abaixo do número do Safra, respectivamente. Como resultado, a relação combinada aumentou 400bps t/t para 103,7%, 180bps acima da previsão do Safra, devido à pior relação de sinistros.


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