A incorporação de um 3T25 mais fraco para a Hapvida (HAPV3) e o ajuste fino das estimativas refletem o impacto da maior concentração de hospitais e unidades de atendimento recentemente inaugurados, somado a um inverno mais longo e frio que o normal, pressionando o MLR (índice de sinistralidade) além do previsto.
Além disso, os dados mensais de beneficiários não indicam aceleração relevante nas adições líquidas no trimestre. Assim, as projeções de curto prazo foram revisadas para baixo, embora a tese de médio e longo prazo permaneça inalterada, com a Hapvida cada vez mais bem posicionada ao fortalecer sua rede própria e conter o MLR, enquanto amplia o crescimento da carteira.
As provisões judiciais devem se estabilizar, reduzindo a pressão sobre o lucro. A recomendação de Compra foi mantida, com novo preço-alvo de R$46,00/ação.
Na prévia do 3T25, espera-se que o MLR continue pressionado pelo clima e pelas novas unidades, além de menor crescimento líquido de beneficiários.
As receitas devem crescer 7,7% A/A, para R$7,9 bilhões, impulsionadas por reajustes de preço e adição líquida de +41 mil vidas. O MLR caixa deve atingir 75,0% (+110bps T/T), e o EBITDA ajustado deve ficar em R$815 milhões, margem de 10,3%, com lucro líquido ajustado de R$206 milhões (-4% A/A).
Tese de investimento em Hpvida (HAPV3) permanece inalterada
A tese de investimento segue praticamente inalterada, baseada na normalização do MLR e no crescimento gradual da base de clientes, sustentados pela integração vertical e modelo de baixo custo, que reforçam o papel consolidador da companhia.
