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BRF e JBS: recomendação de compra, apesar da gripe aviária

Especialistas do Safra estimam que impacto da gripe aviária no setor de frigoríficos será pequeno, e recomendação é de compra das ações da BRF e JBS


O Ministério da Agricultura (Mapa) confirmou na última sexta-feira (16 de maio) o primeiro surto de gripe aviária altamente patogênica (HPAI) em um plantel comercial na cidade de Montenegro, no estado do Rio Grande do Sul.

Seguindo os protocolos estabelecidos, o governo brasileiro notificou as agências internacionais relevantes, como a Organização Mundial de Saúde Animal (WOAH), e adotou uma medida de autoembargo. Diversos países já anunciaram proibições totais ou parciais às exportações de frango do Brasil.

Há dois anos, quando surtos de HPAI (que afetaram principalmente aves silvestres, com exceção de um caso envolvendo um plantel não comercial) atingiram o Brasil, os especialistas do Banco Safra analisaram o possível impacto negativo sobre os frigoríficos BRF (BRFS3) e JBS (JBSS3). O tema foi revisitado no surto de Doença de Newcastle (ND), que também afetou um plantel comercial no Rio Grande do Sul.

O impacto foi limitado, como esperado. De modo geral, os especialistas do Safra esperam novamente um impacto limitado no curto prazo sobre as exportações e os preços domésticos, o que pode se agravar caso o surto se multiplique e/ou não se restrinja ao Rio Grande do Sul.

Dentro do universo de cobertura do Safra, a BRF (com recomendação de Compra) é a empresa com maior exposição ao segmento de frango no Brasil, com aproximadamente 43% da receita, seguida pela JBS (recomendação de Compra e principal escolha do Safra no setor), com cerca de 6%.

Receitas de frigoríficos melhoram

As receitas médias diárias melhoraram para todas as proteínas, mas a tendência dos spreads até agora é mais favorável para frango e suíno. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou os dados preliminares da segunda semana de maio, indicando volumes mais fracos sequencialmente para frango e suíno (ainda sem refletir o surto de gripe aviária altamente patogênica – HPAI).

Embora os dados semanais preliminares sejam altamente voláteis, esperamos ventos contrários para as exportações de frango devido às restrições impostas após o surto de HPAI, com potenciais impactos negativos sobre os preços (tanto de exportação quanto domésticos), que são fundamentais para a manutenção de spreads saudáveis para as processadoras de carne.

Até o momento, os spreads de exportação de frango e suíno apresentaram desempenho melhor do que os de bovinos. Dentro do universo de cobertura do Safra, a BRF (BRFS3) é a empresa com maior exposição às exportações brasileiras de frango e suíno, enquanto a Minerva (BEEF3) é a mais exposta às exportações de carne bovina.


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