A Fleury reportou resultados bastante em linha no primeiro trimestre de 2024, com desaceleração do crescimento da receita devido, em parte, ao efeito calendário e ao sólido crescimento em Novos Elos que, juntamente com a plataforma de Saúde, já representam 9,2% da receita consolidada.
As margens mantiveram uma sólida tendência positiva, provavelmente beneficiadas pelo sucesso da integração com o Pardini.
A Fleury continua sendo um case sólido, com ótima execução e forte posicionamento competitivo em um ambiente desafiador para o setor de saúde, mas mantemos nossa recomendação Neutro, pois não vemos muito potencial de valorização para a ação em termos de valuation, especialmente considerando a desaceleração do crescimento orgânico.
No entanto, em nossa opinião, a ação representa um nome defensivo interessante no setor. O EBITDA pró-forma de R$517 milhões (+11% A/A e +38% T/T) ficou estritamente em linha com nossa estimativa e consenso.
A margem bruta pró-forma atingiu 29,7% no 1T24, 128bps a mais do que a nossa estimativa e 109bps acima da nossa estimativa, impulsionada pela melhora nas despesas com pessoal e serviços de terceiros, embora o crescimento em infusões e a Genômica tenha impactado negativamente os custos com materiais e intermediação de exames.
As despesas gerais e administrativas proforma como porcentagem das vendas se deterioraram 32bps em relação ao ano anterior, principalmente devido ao aumento das despesas com TI e sistemas, que foram compensadas pela melhora nas despesas comerciais (31bps melhor em relação ao ano anterior).
Como resultado, o EBITDA foi de R$517 milhões, em linha conosco e com o consenso. O resultado financeiro líquido foi de -R$110 milhões, 4% pior que nossa estimativa. Por fim, o lucro líquido foi de R$168 milhões (em linha conosco e 2% acima do consenso).