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Eneva: Hub Sergipe compensa resultados mais fracos do Parnaíba

O lucro líquido reportado foi de R$384 milhões, 25% abaixo da estimativa do Safra, impactado por uma alíquota efetiva de imposto mais alta


Os resultados da Eneva (ENEV3) vieram amplamente em linha com as expectativas, com o bom desempenho do Hub Sergipe compensando os resultados mais fracos do complexo Parnaíba.

A Eneva reportou um EBITDA (excluindo equivalência patrimonial) de R$1.527 milhões, alta de 40% A/A, 1,7% acima da estimativa do Safra e 1,9% abaixo do consenso.

Os resultados foram impactados negativamente em R$15,3 milhões por marcação a mercado (MtM). O EBITDA ajustado foi de R$1.543 milhões, apenas 2,7% acima da estimativa do Safra e 0,9% abaixo do consenso.

O lucro líquido reportado foi de R$384 milhões, 25% abaixo da estimativa do Safra, impactado por uma alíquota efetiva de imposto mais alta.

Detalhamento dos resultados da Eneva no 1T25

As receitas aumentaram 121% A/A, impulsionadas por:

  • (i) maiores receitas nas áreas de Gás e Comercialização de Energia;
  • (ii) integração das usinas térmicas recentemente adquiridas (Viana, Povoação e Linhares); e
  • (iii) aumento das receitas do complexo Parnaíba (+46% A/A), impulsionado pelo início da operação da Parnaíba V, que compensou o menor despacho no trimestre e seu impacto nas receitas de upstream.

O EBITDA do complexo Parnaíba ficou 20% abaixo da estimativa, principalmente devido ao menor despacho, enquanto os resultados da área de upstream ficaram 49% abaixo da projeção do Safra (-51% A/A), também atribuídos ao menor nível de despacho.

O despacho da Jaguatirica foi de 81% (vs. 83% no ano anterior) e a disponibilidade atingiu 99% no trimestre (vs. 91% no 4T24). A geração térmica foi de 841 GWh (-33% A/A), incluindo os ativos recém-adquiridos, explicada principalmente pelo menor despacho no trimestre.

A área de Comercialização registrou EBITDA positivo de R$58 milhões vs. R$54 milhões estimados. Os resultados da Celse superaram a estimativa do Safra em 35%, com a incorporação dos resultados da área de comercialização de gás (EBITDA de R$163 milhões).

Já o EBITDA da Futura foi negativo em R$5,2 milhões vs. estimativa de R$6,6 milhões, devido principalmente a curtailment e à exposição ao spread de preços de energia entre regiões (impacto de R$35 milhões).

Os custos consolidados (ex-D&A) aumentaram 205% A/A, principalmente devido a maiores compras de energia e aumento dos custos variáveis com a consolidação dos novos ativos.

As despesas SG&A ficaram 4% abaixo da estimativa. O lucro líquido foi positivamente impactado por itens não caixa, totalizando R$379 milhões (+R$73 milhões relacionados a MtM em operações de swap com recebimento antecipado da Celse e +R$306 milhões devido a variações cambiais). A alavancagem encerrou o trimestre em 2,6x dívida líquida/EBITDA (vs. 2,4x no trimestre anterior.


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