A Cosan (CSAN3) reportou um EBITDA sob gestão de R$7,6 bilhões no quarto trimestre de 2024, superando as estimativas do banco Safra em 10%, mas 16% abaixo a/a, refletindo principalmente os números mais fracos da Radar, Raízen e Vale em uma base anual, parcialmente compensados pelos resultados mais fortes da Rumo, Compass e Moove.
O prejuízo líquido na holding foi de R$9,3 bilhões no trimestre e inclui uma baixa contábil de R$4,7 bilhões relacionada ao investimento na Vale e R$2,9 bilhões em provisão para imposto de renda diferido.
Ajustando para esses itens, o prejuízo líquido seria de R$1,6 bilhão, em comparação com um lucro líquido de R$2,4 bilhões no 4T23.
Essa queda é explicada por uma menor participação nos lucros de todos os negócios, bem como pelo impacto de um BRL mais fraco na dívida e a marcação a mercado negativa do swap de retorno total devido à depreciação das ações da Cosan.
A relação de cobertura de juros foi de 1,1x nos últimos 12 meses, abaixo de 1,2x no 3T24, devido a uma combinação de menor fluxo de dividendos e maiores pagamentos de juros.
O Banco Safra vê a continuidade das ações da administração para abordar a alavancagem da empresa, mantendo a qualidade do portfólio, como chave para uma potencial melhoria no preço das ações, embora isso deva ser um processo gradual.