O EBITDA reportado pela Copasa (CSMG3), excluindo equivalência patrimonial, foi de R$ 671 milhões (-8,2% A/A), ficando 15,4% abaixo da estimativa do Banco Safra e 12,2% abaixo do consenso. O lucro líquido foi de R$ 289 milhões (-11% A/A), 6,2% abaixo da estimativa do Safra e 13,2% abaixo do consenso.
No geral, os resultados operacionais vieram abaixo do esperado, devido a tarifas médias menores e custos mais elevados. Detalhamento do 2T25.
A receita líquida (excluindo receitas de construção) atingiu R$1.754 milhões (+0,7% A/A), 6,4% abaixo da estimativa do Safra, principalmente devido a tarifas médias menores (tarifas médias de água ficaram 5,2% abaixo da estimativa e de esgoto 4,9% abaixo).
Ajustando os volumes de vendas não faturados, a receita seria de R$1.779 milhões, ainda 5,1% abaixo da estimativa do Safra. A Copasa já havia divulgado os volumes de vendas de água e esgoto, que caíram 2,2% e 1,6% A/A, respectivamente.
Os custos e despesas totais, excluindo depreciação e amortização e custos de construção, aumentaram 7,2% A/A e ficaram em linha com a projeção do Safra.
As despesas com pessoal, materiais e serviços (PMS) foram de R$720 milhões (+8,2% A/A vs. inflação de 5,4%) e superaram em 0,9% a estimativa.
A inadimplência subiu no trimestre para 3,3% da receita bruta (vs. 2,1% no 1T25), acima da estimativa de 2,5%. A surpresa negativa no lucro líquido é explicada pelas tarifas médias mais baixas e pelos custos, parcialmente compensados por uma alíquota efetiva de imposto menor.
A alavancagem subiu para 2,0x dívida líquida/EBITDA dos últimos 12 meses (vs. 1,8x no trimestre anterior).
Visão do Safra sobre os números da Copasa (CSMG3)
Os resultados da Copasa (CSMG3) vieram abaixo das expectativas, e não houve novidades relevantes sobre o processo de privatização, segundo os analistas do Banco Safra.
Tarifas médias, custos e inadimplência ficaram piores que o previsto, o que justifica o desvio em relação às nossas estimativas.
os especialistas do Safra acreditam que o mercado deve reagir levemente de forma negativa aos resultados. Em relação à privatização, o comunicado recebido do Estado de Minas Gerais não representa um avanço significativo.
O Banco Safra mantém recomendação Neutra para Copasa, baseada principalmente em valuation, com TIR implícita de 14,6% aos preços atuais.