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Cerveja fica 5,2% mais cara em fevereiro

Entre os componentes de bebidas como cervejas, os preços continuaram a aumentar na comparação mensal em fevereiro, segundo análise dos preços dos alimentos


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou seu Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) mensal para fevereiro, mostrando que os preços de alimentos e bebidas continuaram a aumentar, especialmente nos componentes de proteínas in natura (exceto carne suína), carnes processadas, cerveja (fora de casa) e refrigerantes.

Entre os componentes de bebidas, os preços continuaram a aumentar na comparação mensal (m/m) em fevereiro, com cerveja e refrigerante ficando em dígitos médios.

Em relação às proteínas, os preços da carne bovina e suína permanecem altos, aumentando cerca de 20% a/a e pedaços de frango +11,0% a/a.

A categoria de carnes processadas é a única categoria de carne abaixo do Índice de Inflação de Alimentos. Entre as ações da cobertura do Banco Safra, a BRF (BRFS3) é a mais exposta à carne suína, aves e carnes processadas, seguida pela JBS (JBSS3), enquanto a Minerva (BEEF3) é a mais exposta à carne bovina.

Por fim, entre outras categorias de alimentos selecionadas, os preços do arroz, feijão e macarrão caíram m/m, enquanto os preços de biscoitos e margarina aumentaram.

Cerveja fica 5,2% mais cara em fevereiro

Os preços da cerveja aumentaram 5,2% a/a em fevereiro, enquanto os preços dos refrigerantes subiram 6,6% a/a. Os preços da cerveja aceleraram ligeiramente sequencialmente para 5,2% a/a em fevereiro, de 5,1% em janeiro, impulsionados pelo segmento fora de casa (+1,1% m/m e +6,0% a/a), enquanto o componente de cerveja em casa diminuiu 0,3% m/m (ainda +4,5% a/a).

Esse desempenho de preços pode ser uma indicação de uma demanda sólida no segmento AFH (produtos consumidos fora do lar), que foi impulsionada pelo clima quente e eventos pré-Carnaval.

Os especialistas do Banco Safra lembram que a Petrópolis (terceiro maior player com uma participação de mercado de 12%) registrou uma queda de 24,7% a/a nas receitas/hectolitro em janeiro, então os aumentos de preços para Ambev e Heineken podem estar acima do IPCA.

Em relação aos refrigerantes, os preços continuaram a acelerar em ambos os componentes, aumentando 0,2% m/m (+7,2% a/a) no componente de refrigerante em casa e 0,4% m/m (+6,0%) no componente fora de casa.

Entre as proteínas, apenas os preços da carne suína diminuíram em fevereiro. Os preços das proteínas permaneceram significativamente altos em fevereiro, com carne bovina +22,2% a/a, carne suína +20,2% a/a e frango +11,0% a/a.

Os preços das carnes processadas continuaram a aumentar abaixo do Índice de Inflação de Alimentos em fevereiro (+0,7% m/m e +3,1% a/a), com peixe +5,4% a/a, carne seca +11,3% a/a e salsicha de cachorro-quente +2,0% a/a. Uma forte demanda pelo mercado doméstico brasileiro e um crescimento limitado da oferta têm sustentado os preços das carnes, que, juntamente com custos de insumos favoráveis, estão mantendo os spreads de proteínas domésticas no topo da média de 5 anos.

Tendência mista entre outros itens alimentares, com preços de arroz, feijão e macarrão caindo m/m, enquanto os preços de biscoitos e margarina aumentaram em fevereiro.

Os preços do arroz, feijão e macarrão registraram uma deflação de -1,6% m/m (-4,0% a/a), -3,3% m/m (-24,4% a/a) e -0,2% (+1,2% a/a) em fevereiro, respectivamente.

Enquanto isso, os biscoitos e a margarina registraram uma inflação de +0,8% m/m (+1,4% a/a) e +0,5% m/m (-3,4% a/a) em fevereiro, que tem acelerado desde o mês passado.


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