A Blau (BLAU3) anunciou que decidiu não converter seu empréstimo à Prothya Biosolutions em participação acionária (empréstimo conversível). A Prothya é uma fracionadora de plasma humano com instalações na Holanda e na Bélgica, que produz medicamentos como imunoglobulina, albumina humana e complexo protrombínico, entre outros derivados de plasma.
Além disso, a Blau foi informada pela Prothya de que seus acionistas firmaram um acordo preliminar para a venda de 100% do capital social da empresa a um comprador terceiro.
O fechamento do acordo está sujeito à conclusão de uma série de etapas preliminares e condições precedentes, incluindo a obtenção de aprovações regulatórias e a realização de consultas formais com os conselhos de trabalhadores, conforme exigido pelas leis locais aplicáveis.
Considerando que o empréstimo de €50 milhões seria convertido em uma participação de 20% na Prothya, a empresa está avaliada em €250 milhões.
Caso a Blau tivesse feito uma oferta pela totalidade da companhia, isso representaria um desembolso adicional de R$1,3 bilhão, resultando em uma alavancagem dívida líquida/EBITDA de 3,1x, ante 0,4x no 1T25A.
Diante desse cenário, do desempenho fraco da Prothya (conforme mencionado no fato relevante) e do atual nível de juros no Brasil, o Safra vê a decisão como bastante racional.
O Safra considera a notícia neutra, já que não incluiu a Prothya em suas estimativas por tratá-la como uma opcionalidade. Em termos numéricos, o Safra espera um leve impacto positivo de +5% (R$16 milhões) na estimativa de lucro líquido para 2026, devido ao retorno de €50 milhões (R$321 milhões) para a posição de caixa da companhia.