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B3 mostra dinâmica fraca no terceiro trimestre

B3 (B3SA3) pode enfrentar um trimestre desafiador, destaca o Banco Safra, após a divulgação dos dados de julho, agosto e setembro


Enquanto no segundo trimestre a atividade em ações na B3 (B3SA3) conseguiu compensar a desaceleração no segmento de derivativos, no terceiro trimestre ambas as linhas desaceleraram, levando a uma queda de -4% A/A no segmento de Mercados.

A renda fixa continua mostrando desempenho sólido, provavelmente se beneficiando de uma reaceleração nas emissões do setor em setembro, mas isso ainda pode não ser suficiente para impulsionar o crescimento da receita consolidada no 3T25.

Como resultado, a B3 pode enfrentar um trimestre desafiador em termos de diluição de opex.

Números operacionais da B3 no 3T25

Com a divulgação dos dados de julho, agosto e setembro, agora temos uma visão mais clara de como a receita da B3 pode se comportar no 3T25. Com base nos números operacionais reportados, o banco Safra projeta receita líquida de R$ 2,723 bilhões, estável A/A.

No segmento de Mercados, o Safra projeta queda de -4% A/A, com retração de -10% A/A tanto em ações quanto em derivativos, parcialmente compensada por crescimento de 11% A/A nos segmentos de Renda Fixa e Crédito.

O Safra destaca que o ADTV de ações somou R$ 22,7 bilhões no trimestre (-7% A/A) e o turnover ficou em 136% (-12 p.p. T/T). Ações. O ADTV total caiu 5% M/M e ficou estável A/A, chegando a R$ 22,9 bilhões em setembro, com desempenho sequencial negativo tanto no mercado a termo quanto em futuros de ações.

A velocidade de giro caiu 10 p.p. M/M para 123% (+4 p.p. A/A), nível ainda abaixo da média dos últimos 12 meses. O aluguel de ações continuou com bom desempenho, com o open interest expandindo 4% M/M (35% acima A/A), e a taxa de aluguel permaneceu estável M/M e caiu -17 bps A/A.

Derivativos

O ADV variou levemente de forma sequencial, ficando em 9,3 milhões de contratos, -13% A/A e -1% M/M, principalmente devido à queda adicional nos futuros de criptoativos, enquanto outros derivativos tiveram pouca ou nenhuma mudança de volume.

Embora a receita por contrato tenha aumentado 5% A/A para R$ 1,341, isso não foi suficiente para compensar o impacto dos menores volumes, resultando em receita mensal estimada de R$ 273 milhões, +3% M/M e -4% A/A.

Renda Fixa e Crédito

As emissões de renda fixa aumentaram 5% M/M e 13% A/A, retomando o crescimento após uma queda no mês anterior. O volume de instrumentos de renda fixa em aberto ficou praticamente estável M/M (+16% A/A).

O saldo em aberto de investimentos diretos em títulos do Tesouro (“Tesouro Direto”) aumentou 35% A/A e 3% M/M.

Derivativos OTC

Novas emissões aceleraram significativamente pela primeira vez desde meados de 2025, aumentando +23% M/M e +21% A/A. O saldo em aberto cresceu 21% A/A (+9% sequencialmente).

Infraestrutura para Financiamento

As vendas totais de veículos (somente financiados) aumentaram 5% M/M e 9% A/A, enquanto a penetração do crédito subiu para 30,1% (+1,2 p.p. M/M).

Tecnologia, Dados e Serviços

Por fim, a utilização mensal na divisão de Tecnologia, Dados e Serviços subiu +4% A/A e permaneceu estável sequencialmente.


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