A Aura Minerals (AURA33) espera que os preços do ouro sejam resilientes devido à inflação e às tensões geopolíticas, apoiando sua estratégia de manter altos retornos e desbloquear valor por meio da exploração, crescimento da produção e reavaliação.
A empresa tem como objetivo atingir uma produção de 450koz/ano nos próximos anos, avançando com projetos, melhorando a eficiência e buscando aquisições. As informações foram prestadas a analistas no dia 9 de dezembro, durante o Dia do Investidor.
Além disso, a Aura planeja aumentar a liquidez das ações por meio de resultados crescentes, ampliando sua base de acionistas através da divulgação aos investidores e potencialmente listando ações em outras bolsas como a Nasdaq.
Perspectivas do preço do ouro permanecem favoráveis para a Aura Minerals
A administração tem uma visão positiva dos preços do ouro e acredita que eles permanecerão altos. Esta expectativa é baseada em dois fatores-chave:
- (i) aumento potencial da inflação nos EUA, impulsionado pela implementação de novas tarifas e cortes fiscais por parte de Trump; e
- (ii) tensões econômicas e geopolíticas globais, que estão a levar os bancos centrais a aumentar as suas reservas de ouro como alternativa ao dólar americano, uma vez que estão preocupados com potenciais restrições dos EUA à moeda, especialmente após o congelamento de ativos russos em dólares americanos. Por exemplo, o banco central da China retomou as compras de ouro para suas reservas em novembro, após uma pausa de seis meses.
As estratégias para liberar valor para os acionistas permanecem inalteradas. O primeiro pilar desta estratégia refere-se ao avanço
na exploração para expandir e substituir reservas e recursos.
Durante 2020-23, a empresa investiu US$ 76 milhões em exploração e descobriu ~2,5 milhões de onças, ou US$ 25/oz (80% abaixo da média global de US$ 131/oz).
A gerência acredita que a empresa é capaz de continuar expandindo as reservas a um custo baixo, através da redistribuição da estrada em Borborema (potencial para aumentar as reservas em até 2 milhões de onças), exploração dos depósitos Pezão e Pé-Quente em Matupá e expansão da UG Almas.
O segundo pilar envolve o crescimento da produção (orgânica e via M&A). A Aura fez uma oferta para adquirir a Bluestone Resources, mas a gerência observou que a empresa deve continuar buscando novas oportunidades de fusões e aquisições, visando projetos com reservas comprovadas nas Américas.
O terceiro pilar é a reavaliação múltipla para a média dos pares (0,9x), que a empresa acredita poder ser realizada ao atingir sua meta de 450 kbps/ano.
Plano detalhado de crescimento da produção
O crescimento da produção através de projetos de alto retorno e curto retorno continua sendo uma das principais prioridades da gestão.
Da atual orientação de produção 2024 de 244-292koz, a Aura pretende atingir uma meta de produção de 450koz/ano nos anos seguintes após:
- (i) o início do projeto Borborema no 1T25 (+83koz/ano);
- (ii) o desenvolvimento do projeto Matupá (+54koz/ano ex Pezão e Pé Quente); e
- (iii) ganhos de produtividade e eficiência da mina à usina em EPP, San Andres e Aranzazu. A aquisição do projeto Cerro Blanco da Bluestone pode adicionar ~150-250koz/ano, mas o cronograma para superar as questões de licenciamento e o escopo do projeto ainda não está definido e pode levar alguns anos.
Estratégia para enfrentar a questão da baixa liquidez das ações
A empresa tem três estratégias principais para melhorar a liquidez de suas ações:
- (i) aumentar a produção e, portanto, o EBITDA e geração de caixa;
- (ii) conectar-se com investidores de outros países para expandir sua base de acionistas; e
- (iii) possivelmente listar as ações da Aura em outras bolsas, tal Nasdaq.