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Ação da Neoenergia sobe 43% em 12 meses e lidera rali das distribuidoras

Banco Safra atualiza recomendações das ações da Neoenergia (NEOE3) e da CPFL (CPFE3) após Iberdrola comprar fatia da Previ


O Banco Safra atualizou as avaliações de duas distribuidoras integradas, a Neoenergia (NEOE3) e a CPFL (CPFE3). A Neoenergia foi rebaixada da recomendação de compra para neutra, com preço-alvo de R$ 31,30. A CPFL teve a recomendação neutra reiterada, com preço-alvo de R$ 42,70.

As atualizações refletem resultados recentes, revisões tarifárias, novas premissas macro e portfólios atualizados, segundo o Banco Safra.

A Neoenergia subiu 43% em 12 meses (vs. 19% do IEE), enquanto CPFL avançou 11%. Apesar dos fundamentos sólidos, o Safra vê valuations mais exigentes, o que justifica as recomendações.

As empresas negociam a taxas internas de retorno (TIRs) de 10,8% (CPFL) e 10,9% (Neoenergia), abaixo da média de 12% do segmento de distribuição e próximo a 10% do segmento integrado.

Valuation mais exigente após o rali

O desempenho de Neoenergia – acima de IBOV e IEE – foi puxado pela expectativa de OPA após a Iberdrola adquirir a fatia da Previ. No mesmo período, CPFL valorizou 11%. Operacionalmente, ambas melhoraram eficiência, com CAGR de EBITDA ajustado 2020–24 de 18% (CPFL) e 21% (Neoenergia).

CPFL avançou na digitalização e controle de custos; Neoenergia destacou projetos de alta qualidade, antecipação de obras e superação de capex.

A tendência é de bons resultados, mas com valuation mais caro

  • Potenciais gatilhos:

Para CPFL, o principal upside está na liberação de R$3,1 bi em recebíveis da CPFL Paulista, que poderia destravar dividendos. Para Neoenergia, a venda de ativos de transmissão ao GIC e redução de alavancagem abririam espaço para novos projetos ou maiores dividendos; além disso, a Iberdrola pode lançar OPA sobre o free float (16,2%), e créditos de PIS/COFINS podem ser gatilho adicional.

  • Valuation

CPFL negocia a EV/EBITDA de 5,5x e P/L de 9,2x (vs. médias históricas de 5,7x e 7,3x), enquanto Neoenergia está a 6,2x e 11,1x (vs. 5,6x e 6,5x).

Com essas TIRs, acreditamos que há opções mais baratas no setor.

Principais riscos:

  • (i) desempenho operacional fraco;
  • (ii) más decisões de alocação de capital;
  • (iii) redução de dividendos (CPFL);
  • (iv) maior curtailment de renováveis; e
  • (v) liquidez limitada (Neoenergia).


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