A Vibra Energia (VVBR3) reportou resultados sequencialmente mais fortes no 3T25, refletindo uma dinâmica de mercado muito mais saudável neste trimestre.
O EBITDA recorrente consolidado ajustado de R$ 1.712 milhões foi 36% maior trimestre a trimestre (T/T) e em linha com nossa estimativa, já que os resultados dos segmentos de distribuição de combustíveis (R$ 1.474 milhões) e da Comerc (R$ 238 milhões) também ficaram em linha com nossas projeções.
No segmento de distribuição de combustíveis, o resultado reflete um trimestre mais forte, sem as perdas de estoque que afetaram os trimestres anteriores.
A margem unitária recorrente foi de R$ 159/m³, em comparação à nossa estimativa de R$ 162/m³ e R$ 113/m³ no 2T.
Em contraste, a Comerc continuou enfrentando desafios devido a restrições de geração e ao desempenho fraco de suas operações de trading.
O lucro líquido ficou em R$ 407 milhões (-28% em relação à estimativa do Banco Safra), aumento de 39% T/T, já que o desempenho operacional mais forte foi parcialmente compensado por maiores despesas financeiras e tributárias.
A Vibra reportou um forte fluxo de caixa livre de R$ 3.234 milhões no 3T, impulsionado por uma liberação substancial de capital de giro, o que ajudou a reduzir a dívida líquida e se compara aos R$ 549 milhões do trimestre anterior.
O segmento de Varejo reportou um EBITDA recorrente ajustado de R$ 994 milhões, alta de 67% T/T, refletindo a
combinação de volumes 5% maiores T/T (5.756 mil m³) e um aumento de 59% T/T na margem unitária, para R$ 173/m³,
recuperando-se das perdas de estoque reportadas no trimestre anterior.
Resultado da Vibra Energia (VBBR3)
A Vibra encerrou o trimestre com 7.922 postos (vs. 7.989 no trimestre anterior). O segmento B2B reportou um EBITDA recorrente ajustado de R$ 544 milhões, alta de 6% T/T, já que o aumento de 7% T/T nos volumes foi parcialmente compensado por uma queda de 1% T/T na margem unitária, para R$ 156/m³.
O EBITDA ajustado da Comerc (participação) no 3T25 foi de R$ 238 milhões, em linha com nossas estimativas e 13%
menor T/T.
Esse resultado reflete principalmente uma queda no EBITDA (participação) dos seguintes segmentos:
trading (-86% T/T), soluções (-4% T/T) e CG (-6% T/T), este último impactado por restrições de geração.
Esses números fracos foram parcialmente compensados pelo aumento de 33% T/T do EBITDA do segmento DG, devido à expansão de sua capacidade, o que também elevou a rentabilidade, parcialmente compensando os impactos das restrições de
geração.
Alavancagem: a dívida líquida encerrou o 3T25 em R$ 18,8 bilhões, queda de 11% T/T, principalmente devido à maior posição de caixa.
No entanto, a relação dívida líquida/EBITDA aumentou para 2,7x (de 1,8x no 2T), refletindo o menor EBITDA ajustado em base dos últimos 12 meses.
O prazo médio da dívida ficou em 4,5 anos e o custo médio terminou o trimestre em CDI + 0,73%, ante CDI + 0,81% no 2T25.